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Ciro Nogueira na mira da Polícia Federal em investigação das bets

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de jul.

 — Imagem/Reprodução: Polícia Federal mira Ciro Nogueira em nova investigação por ligações com empresário de bets.
— Imagem/Reprodução: Polícia Federal mira Ciro Nogueira em nova investigação por ligações com empresário de bets.

Adauto Jornalismo Policial*


🗞️ Coluna de opinião por um olhar crítico sobre o caso Ciro Nogueira e a blindagem institucional


Quando a cortina do sigilo esconde mais que o necessário


A recente movimentação da Polícia Federal, ao solicitar ao STF autorização para investigar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) por vínculos com o empresário das apostas online Fernando Oliveira Lima (Fernandin OIG), vai além de uma suspeita criminal.


Ela escancara um dos maiores dilemas da democracia brasileira: a normalização da promiscuidade entre poder político e interesses privados.


O que há por trás da transferência de R$ 625 mil a um ex-assessor e o depósito subsequente de R$ 35 mil ao senador? Um relógio de luxo e supostas despesas com hotel na Itália são as explicações oferecidas. Mas seria essa a ponta de um iceberg de práticas naturalizadas e obscuras?


A viagem de Nogueira num jatinho do empresário para o Grande Prêmio de Mônaco – evento símbolo de ostentação – compromete ainda mais a narrativa da inocência.


E, ironicamente, foi o suficiente para que a senadora Soraya Thronicke o excluísse da CPI das Bets, mas não para que a comissão aprovasse o relatório que recomendava o indiciamento de influenciadores e empresários envolvidos com apostas ilegais.


A rejeição do documento por 4 votos a 3 é um sinal nítido de como a proteção política se sobrepõe ao interesse público. No Brasil, ainda parece mais fácil preservar reputações do que investigar abusos.


As instituições, por sua vez, seguem silenciosas. STF e Polícia Federal se amparam no sigilo, mantendo a população à margem de processos que envolvem dinheiro público, interesses empresariais e possíveis crimes.


O silêncio é eloquente — e perigoso. Esta coluna não pretende julgar antes da Justiça, mas sim apontar a urgência de mais transparência, controle institucional e coragem para enfrentar relações suspeitas entre agentes públicos e setores econômicos opacos.


A regulação das apostas esportivas precisa vir acompanhada da responsabilização de seus protagonistas — e da disposição de romper com o hábito de blindar quem deveria ser investigado.


* Com recursos de Inteligência Artificial



REFERÊNCIAS:

A Persistente Crise dos Crimes Policiais no Brasil

 
 
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