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Estados Unidos preparam terreno para ataques decisivos contra a Venezuela de Maduro

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 5 de dez.
  • 4 min de leitura
  — Imagem/Reprodução: TRUMP ENGANA LULA E MADURO E ANUNCIA MEGA MOBILIZAÇÃO MILITAR PRA COMBATER O COMUNISMO! MÍDIA ESCON.

Adauto Jornalismo Policial* with AI Copilot support provided by Microsoft e @canalmilitarizandoomundo


Donald Trump, após mostrar querer negociar com a Venezuela, pede de forma dramática que nenhum cidadão americano viaje para Venezuela.


Ao mesmo tempo, Nicolás Maduro piora ainda mais a parceria entre Brasil e Estados Unidos após agradecer ao governo brasileiro e também aos trabalhadores sem terra, uma espécie de milícia armada de Lula.


e sem precedentes aos seus cidadãos, elevando a Venezuela ao nível de ameaça mais grave disponível no sistema do Departamento de Estado.


O comunicado descreve o território venezuelano como zona de perigo iminente, recomendando de forma categórica que todos os americanos e residentes permanentes saiam imediatamente do país.


Segundo Washington, há risco concreto de detenções arbitrárias por forças de segurança, episódios de violência extrema ligados a grupos armados e um colapso acelerado da infraestrutura civil, agravado por apagões, falhas de telecomunicações e interrupções em sistemas de navegação aérea.


Como consequência, a FAA suspendeu voos civis sobre o espaço aéreo venezuelano, o que, somado à paralisação de operações por seis companhias aéreas internacionais, isolou ainda mais o país.


A decisão americana ocorre após uma série de ataques das Forças Armadas dos Estados Unidos contra embarcações suspeitas de atuar no narcotráfico no Caribe e no Pacífico Oriental, operações que resultaram em mais de 83 mortes desde agosto.


Embora Washington afirme que as ações visam cartéis transnacionais, o regime de Nicolás Maduro acusa os norte-americanos de violar a soberania venezuelana e prepara sua retórica interna para uma possível confrontação militar.


Analistas indicam que o aviso emitido pelos Estados Unidos não é mero procedimento burocrático, mas um sinal inequívoco de que Washington prevê uma deterioração rápida e profunda da situação no país.


Em meio à crise, Maduro apareceu no programa Con Maduro de repente, transmitido pela Telesur, usando um boné enviado pelo movimento dos trabalhadores rurais sem terra, MST.


Falando em portunhol, agradeceu ao povo brasileiro pela solidariedade e pediu explicitamente que brasileiros saiam às ruas para defender a Venezuela.


O gesto, que circulou amplamente nas redes sociais, foi interpretado por críticos como tentativa desesperada de demonstrar apoio internacional em um momento de isolamento crescente do chavismo.


Países que antes orbitavam diplomaticamente Caracas, como Honduras e São Vicente e Granadinas, já se distanciaram do regime, enquanto protestos internos seguem sendo reprimidos com violência.


O apelo de Maduro ocorre simultaneamente à execução do plano Independência 200, que mobiliza cerca de 200.000 militares regulares e uma milícia, segundo o próprio regime, de até 4 milhões de voluntários.


Embora esse número seja questionado por especialistas, o governo venezuelano insiste em construir a narrativa de uma república em armas, preparada para resistir a uma eventual ação armada dos Estados Unidos.


Esse cenário é usado para justificar deslocamentos de tropas, exercícios de defesa antiaérea e campanhas de propaganda interna, apresentando o país como vítima de cerco imperialista.


O MST surge nesse contexto como ator simbólico e controverso. O movimento, que afirma representar 1,5 milhão de famílias em assentamentos e reivindica redistribuição de terras improdutivas, mantém laços históricos com movimentos de esquerda latino-americanos.


No entanto, enfrenta críticas pesadas no Brasil por invasões de propriedades, depredações e confrontos que resultaram em mortos e feridos em 2025.


Para opositores, o envio de um boné a Maduro reforça a percepção de que o MST atua politicamente além da pauta agrária. Já seus líderes afirmam que o apoio ao chavismo é parte da luta contra o imperialismo e da solidariedade internacional.


Enquanto Maduro tenta demonstrar apoio externo, os Estados Unidos divulgaram no mesmo dia sua nova estratégia de segurança nacional, que reativa a lógica da Doutrina Monroe sob o chamado corolário Trump.


O documento afirma explicitamente que Washington não permitirá que potências como China, Rússia ou Irã ampliem influência militar na América do Sul.


Entre as medidas práticas estão a expansão da guarda costeira e da marinha em rotas estratégicas, uso de força letal contra cartéis e ampliação de acesso militar a bases na Colômbia, Guiana e no Caribe.


Atualmente, cerca de 15.000 militares americanos já operam na região, com o porta-aviões USS Gerald R. Ford, navios de guerra, drones MQ9 e caças F35.


Essa postura é vista por analistas como sinal de que a presença militar americana na América do Sul será duradoura e potencialmente ofensiva, indo além do combate ao narcotráfico.


A estratégia pressiona regimes como Venezuela, Nicarágua e Cuba, ao mesmo tempo em que busca limitar o avanço chinês em áreas como infraestrutura e energia, especialmente no Brasil, parceiro econômico relevante de Pequim.


Em Brasília, o presidente Luís Inácio Lula da Silva manifestou preocupação profunda com a escalada.


Após o G20 e em telefonema com Donald Trump, Lula alertou que a militarização do Caribe pode transformar a América do Sul em foco de tensão global.


O governo brasileiro teme consequências diretas, como aumento dramático do fluxo migratório — já são 1,2 milhão de venezuelanos no país —, colapso fronteiriço em Roraima, ruptura de cadeias de suprimentos e até conflitos transfronteiriços.


Lula reitera que o narcotráfico não pode servir de pretexto para violar soberanias e defende solução diplomática, apesar de reconhecer dificuldades para unificar uma resposta regional, já que Colômbia e Chile se alinharam a Washington.


A convergência entre o alerta americano, a militarização regional e o apelo ideológico de Maduro ao MST revela uma crise hemisférica em maturação acelerada.


De um lado, Washington demonstra disposição inédita de projetar força no continente.


De outro, Caracas tenta transformar sua fraqueza militar em mobilização simbólica e narrativa anti-imperialista.


O Brasil, preso entre alianças econômicas, compromissos democráticos e vínculos históricos com movimentos de esquerda, ocupa posição estratégica e vulnerável na crise.


O desfecho dependerá da capacidade de evitar que a Venezuela deixe de ser apenas foco de instabilidade e se torne o epicentro de um confronto geopolítico direto entre potências globais.










 
 
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