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Exército americano está prestes a invadir a Venezuela, Lula segue omisso

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 18 de nov.
  • 5 min de leitura

Enquanto o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a Polícia Federal ignoram a necessidade de militarizar a fronteira do Brasil para combater as facções criminosas, Paraguai e Argentina começam a mobilizar tropas para essa região em uma resposta direta à expansão transnacional de grupos como o PCC e o CUCV.


  —Imagem/Reprodução: Ditador Nicolás Maduro parece ter seus dias contados sob a pressão militar dos Estados Unidos.

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Essa disparidade de abordagens revela não apenas uma aparente relutância do governo brasileiro em enfrentar o crime organizado com medidas mais enérgicas, mas também um vácuo de segurança que pode agravar instabilidades regionais conectadas a fluxos de narcotráfico que se entrelaçam com crises como a da Venezuela, onde o ditador Nicolás Maduro parece ter seus dias contados sob a pressão militar dos Estados Unidos.


A posição do governo Lula em relação às facções criminosas tem sido de recusa sistemática a classificá-las como organizações terroristas, uma medida que facilitaria cooperações internacionais mais robustas e sanções globais.


Em declarações recentes, Flávio Dino afirmou que o terrorismo envolve uma percepção subjetiva e dimensão ideológica, argumentando que equiparar o PCC e o CV a grupos como o Estado Islâmico poderia expor o Brasil a intervenções estrangeiras indesejadas, especialmente dos Estados Unidos.


A presidente do PT, Gace Hoffman, reforçou essa linha ao declarar que o governo é terminantemente contra projetos de lei nesse sentido, priorizando abordagens sociais e de inteligência, em vez de enquadramentos legais que, segundo críticos, apenas perpetuam a impunidade.


Essa postura contrasta com apelos da oposição, como os do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que defendem a classificação como terroristas para desmantelar redes financeiras e logísticas das facções.


Analistas apontam que tal recusa não só limita o acesso a ferramentas internacionais, como o congelamento de ativos via ONU, mas também reflete uma pouca vontade e disposição do Planalto para um combate frontal ao crime transnacional, permitindo que o PCC e o CV se expandam para além das prisões e favelas brasileiras.


Essa expansão já é uma realidade alarmante nos países vizinhos. No Paraguai, o presidente Santiago Penha assinou um decreto em 30 de outubro de 2025, designando o PCC e o CV como organizações terroristas internacionais, o que ativa mecanismos de cooperação global e permite a captura de bens ligados a essas facções.


A medida veio após uma mega operação policial no Rio de Janeiro, que resultou na prisão de centenas de membros do CV e gerou temores de fugas em massa para a fronteira sul.


Em resposta, o governo paraguaio ativou um alerta máximo nas divisas com Mato Grosso do Sul e Paraná, reforçando o policiamento com drones e unidades especiais, em coordenação com o comando tripartite da tríplice fronteira, um acordo trilateral com Brasil e Argentina.


Do lado argentino, o ministro da defesa, Luiz Petri, decretou alerta máximo e ordenou o envio de 150 a 200 militares do exército para a província de Misiones, na divisa com Paraná e Santa Catarina.


A justificativa é clara: as facções brasileiras já controlam rotas de tráfico na região, com o PCC infiltrado em portos paraguaios, como o de Vileta, e o CV expandindo para bairros de Pousadas na Argentina, onde disputam territórios com cartéis locais.


Esses países vizinhos, ao enquadrar o PCC e o CV como narcoterroristas, não só buscam desmantelar redes locais, mas também pressionam o Brasil indiretamente, fomentando um discurso de ameaça externa que ecoa críticas da direita brasileira ao governo Lula.


Essa mobilização fronteiriça ganha contornos ainda mais preocupantes à luz das declarações do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, durante oitiva na CPI do crime organizado no Senado, em 18 de novembro de 2025.


Rodrigues qualificou como utopia o controle absoluto das fronteiras brasileiras, citando os 17.000 km de divisas secas, incluindo 100 com o Paraguai e 3.400 com a Bolívia, sem mencionar explicitamente o Peru, mas abrangendo rotas semelhantes no norte. “


Não conheço país nenhum do mundo que tenha controle absoluto das suas fronteiras”, afirmou.


No entanto, o tom revela limitações crônicas. Apesar de ações como a força integrada de combate ao crime organizado, que opera em MS com parcerias estaduais, o Brasil investe apenas R$ 800 milhões de reais anuais em equipamentos fronteiriços contra bilhões em outros setores.


Críticos como o senador Alessandro Vieira, autor de requerimentos na CPI para mapear apreensões de drogas e armas nos últimos cinco anos, acusam o governo de subestimar o problema, permitindo que facções usem fintechs, criptomoedas e rotas amazônicas para lavar bilhões e expandir para Europa e África.


Essa pouca disposição brasileira contrasta com a proatividade dos vizinhos, criando um vácuo que pode transformar a tríplice fronteira em um corredor do terror, como alertam relatórios da ABIM sobre a ascensão do Terceiro Comando Puro em MS, aliado ao PCC.


Em paralelo a essa crise sulista, as tensões no Caribe se entrelaçam ao mesmo eixo do narcoterrorismo, com o regime de Nicolás Maduro enfrentando um cerco militar que sugere que seus dias no poder estão contados.


Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou publicamente estar aberto a uma conversa com o ditador venezuelano em declarações de 17 de novembro de 2025, ao dizer que “não descarto nada sobre ações militares”, mas prioriza o diálogo para resolver a crise humanitária e o fluxo de drogas.


No entanto, notícias de bastidores vazadas por fontes do Departamento de Estado indicam que essa retórica pode ser uma manobra para desviar atenções enquanto se prepara um ataque final contra o que Washington chama de narcoestado.


A operação Lança do Sul, anunciada em 13 de novembro, já mobiliza uma frota naval colossal, custando milhões de dólares por dia em logística e combustível.


Estimativas do Pentágono apontam para 50 milhões de dólares semanais apenas para o destacamento no Caribe. Inclui o USS Gerald Airford, o maior porta-aviões do mundo, que chegou da Europa em 16 de novembro e agora estaciona a poucas milhas da costa venezuelana, transportando 75 aeronaves, incluindo caças F-35 e capaz de lançar 160 surtidas diárias.


Essa cidade flutuante com 4.500 tripulantes e tecnologia de defesa antimísseis soma-se a 10.000 a 15.000 tropas americanas na região, baseadas em Porto Rico e Colômbia, além de bombardeiros B-52 e navios de guerra como USS Gravely.


O objetivo oficial é combater o Cartel dos Sós, grupo ligado a Maduro e recém-designado como organização terrorista estrangeira, responsável por 20% da cocaína que chega aos Estados Unidos.


Maduro reagiu com uma mobilização maciça de 200.000 militares, exercícios conjuntos com a Rússia e rompimento de acordos energéticos com vizinhos como Trinidade e Tobago, alertando que qualquer ataque seria o fim político de Trump.


A primeira-ministra de Trinidade, Tobergo, Camla Persa Bessar, aliada de Trump, negou veementemente que permita o uso de seu território para lançar ofensivas contra a Venezuela. “Os Estados Unidos nunca solicitaram isso e nosso solo não será usado”, declarou ela em 18 de novembro, em meio a exercícios conjuntos de 16 a 21 de novembro com fuzileiros navais americanos.


Contudo, essa negativa deixa a opção como mero detalhe. Com o USS Gerald Rford ancorado diretamente em frente a Caracas, os Estados Unidos dispõem de uma plataforma autônoma e inabalável, capaz de projetar poder sem depender de bases terrestres estrangeiras.


Analistas como Elizabeth Dickinson, do International Crisis Group, veem nisso uma âncora de pressão para forçar a saída de Maduro, evocando o “tratamento Noriega” de 1989: captura, extradição e destruição de capacidades militares, com recompensas como uma Venezuela democrática e o fim de rotas de drogas que alimentam facções como o PCC e o CV no Brasil.





 
 
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