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A Nova Doutrina Monroe e o Tabuleiro Geopolítico da América do Sul

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • há 5 horas
  • 7 min de leitura
— Imagem/Reprodução: CÁI REGIME DO CHILE E TRUMP APERTA REGIÃO! LULA É AVISADO QUE SERÁ O PRÓXIMO! MONROE COM FORÇA

Adauto Jornalismo Policial* with AI Copilot support provided by Microsoft e @canalmilitarizandoomundo 


Trump, Monroe e o Futuro da América Latina


Os Estados Unidos voltaram seu destaque para a América Latina. Donald Trump defende uma retomada da doutrina Monroe de 1823, conhecida pela frase “América para os americanos”. Na versão atualizada, dois séculos depois, o objetivo não é proteger a América Latina da interferência europeia, mas sim da influência chinesa.


A nova doutrina Monroe começa a fazer efeito e o primeiro governo de esquerda da América do Sul cai no último domingo. Um grande aliado de Lula durante o regime militar brasileiro alerta que os Estados Unidos certamente derrubarão todos os governos de esquerda da região e que Lula não será exceção no próximo ano, conforme previsto nessa nova doutrina norte-americana.


Além disso, Trump estaria apenas ganhando tempo com a retirada de sanções contra autoridades brasileiras e o levantamento de tarifas, enquanto prepara uma grande operação.


Entre China, EUA e Soberania: A Batalha pelo Continente


Em um continente marcado por alternâncias ideológicas e tensões geopolíticas crescentes, a vitória de José Antônio Kast nas eleições presidenciais chilenas, em 14 de dezembro, não foi apenas um marco para o país andino, mas representou um equilíbrio precário no mapa político sul-americano: seis nações governadas por forças de direita e outras seis por governos de esquerda.


Esse cenário ocorre sob a sombra da doutrina Monroe, proclamada em 1823 pelo presidente James Monroe, que estabelecia as Américas como esfera exclusiva de influência norte-americana.


Projetada para impedir intervenções europeias no hemisfério ocidental, serviu historicamente como pretexto para uma vasta rede de intervenções políticas, econômicas e militares na América Latina, tratando a região como quintal estratégico da maior potência militar, econômica e nuclear do planeta.


Quase dois séculos depois, essa doutrina ganha contornos contemporâneos na segunda gestão de Donald Trump, que assumiu o poder em janeiro de 2025. Documentos oficiais da Casa Branca, como a recente estratégia de segurança nacional, explicitam uma agenda de retomada do controle sobre o continente, com ênfase em conter a influência chinesa e russa, combater o narcotráfico e a migração irregular e mapear recursos estratégicos via agências como a CIA.


Analistas como o ex-ministro brasileiro José Dirceu, em artigo publicado no Opera Mundi, batizaram essa abordagem de “doutrina Don R”, uma fusão irônica entre Donald e Monroe, alertando para um programa econômico abertamente colonial que ameaça a soberania latino-americana.


Dirceu argumenta que os Estados Unidos abandonaram qualquer dissimulação, classificando nações como aliadas ou inimigas com base em seu alinhamento aos interesses de Washington.


Durante a Guerra Fria, de 1947 a 1991, o mundo se dividiu em dois blocos ideológicos antagônicos: o capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o comunista, sob hegemonia da União Soviética.


Ambas as superpotências, armadas com arsenais nucleares, travaram uma guerra indireta por meio de conflitos em diversas regiões, incluindo a América Latina. Na América do Sul, os Estados Unidos viram um teatro crucial para conter o avanço do comunismo, financiando e apoiando regimes autoritários que moldaram décadas de repressão.


Nos anos 1960, 1970 e 1980, Washington destinou bilhões de dólares em ajuda militar e treinamento às ditaduras civis-militares da região, conforme revelam arquivos desclassificados do Departamento de Estado e relatórios da Comissão da Verdade no Brasil.


O golpe de 1964 no Brasil, que instalou uma ditadura de 21 anos, contou com suporte logístico e diplomático norte-americano, incluindo a operação Condor. Houve também invasões diretas, como na República Dominicana em 1965 e no Panamá em 1989, além de bloqueios econômicos contra Cuba.


Do Quintal ao Campo de Batalha: América do Sul em Disputa


A sétima frota da Marinha dos Estados Unidos, criada durante a Segunda Guerra Mundial para patrulhar e proteger a América do Sul, simbolizava essa presença constante, com bases e exercícios militares regulares que garantiam a submissão de elites locais aos interesses de Washington.


Essas intervenções visavam preservar o acesso a recursos naturais, rotas comerciais e mercados consumidores, enquanto suprimiam movimentos de esquerda inspirados pela revolução cubana de 1959. O custo humano foi imenso: milhares de mortos, exilados e desaparecidos, legando uma herança de trauma e desconfiança que persiste até hoje.


Com o colapso da União Soviética em 1991, os Estados Unidos proclamaram o fim da história e uma unipolaridade global. A presença militar na América do Sul diminuiu, a sétima frota foi desativada em 1997 e o foco de Washington migrou para o Oriente Médio e a Ásia.


A região experimentou relativa autonomia com a onda rosa de governos progressistas nos anos 2000, impulsionada pelo boom das commodities e pela demanda chinesa, promovendo integração via Mercosul e Unasul.


No entanto, o século XXI trouxe um novo antagonista: a China. Desde 2018, Pequim acelerou sua expansão global, posicionando-se como desafiante à hegemonia norte-americana em esferas militar, nuclear e cultural. Na América do Sul, isso se traduziu em investimentos maciços.


O Brasil tornou-se o maior parceiro comercial da China, superando os Estados Unidos em volume de trocas. A China inaugurou portos no Peru e influenciou políticas em países como Bolívia e Equador, financiando infraestrutura via a iniciativa Cinturão e Rota. Esses avanços alarmaram Washington, que via a região como vulnerável a uma doutrinação ideológica e econômica rival.


A segunda presidência de Trump marca uma guinada decisiva, retirando tropas da Europa e reduzindo engajamentos no Oriente Médio, enquanto reforça o foco no hemisfério ocidental.


A estratégia de segurança nacional de 2025 prioriza a América Latina como “nosso continente”, com deslocamentos de caças F-35 e navios de guerra para o Caribe, além de missões da CIA para proteger recursos estratégicos. O Foro de São Paulo, criado em 1990 por Lula como espaço de coordenação entre líderes de esquerda, emerge como alvo primordial.


Trump o rotula de “quartel-general comunista”, visando desmantelar alianças que favorecem laços com China e Rússia. Governos de esquerda enfrentam pressões intensas. No Brasil, Lula, crítico ferrenho do imperialismo norte-americano e comparando a vitória de Trump em 2024 à volta do nazismo, viu seu país ser punido com tarifas sobre aço, soja e carne, além da aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades, incluindo um ministro do Supremo Tribunal Federal.


A Venezuela de Nicolás Maduro, ditador que governa há mais de uma década em meio a sanções e acusações de fraude eleitoral, exemplifica o ápice da ofensiva norte-americana. Abandonada por aliados como Rússia e China, Caracas emitiu cartas de repúdio a manobras navais dos Estados Unidos, incluindo submarinos nucleares e caças de quinta geração.


Maduro controla as maiores reservas de petróleo do mundo, tornando seu regime uma obsessão estratégica. Trump chegou a afirmar publicamente que a Colômbia, aliada chave, seria o segundo alvo para operações de contenção.


O Brasil, por sua localização estratégica, biodiversidade, Amazônia, pré-sal e influência regional, também não escapa, apesar de reuniões bilaterais e ligações telefônicas entre Trump e Lula, que levaram à redução de tarifas e ao levantamento de sanções contra um ministro do STF — manobra vista como alívio tático para acalmar a opinião pública americana e brasileira.


Analistas alertam para uma calmaria ilusória. José Dirceu, em sua análise, prevê uma grande contraofensiva norte-americana nas eleições brasileiras de 2026, financiando opositores e manipulando narrativas via big techs americanas.


“O Brasil é peça central no tabuleiro”, escreve ele, levantando temores de que Washington busque alinhar o país a seus interesses, independentemente da ideologia. A vitória de José Antônio Kast no Chile, com 58% dos votos contra a candidata de esquerda Janette Jara, reforça essa dinâmica.


Kast, líder do ultraconservador Partido Republicano e admirador de Augusto Pinochet, promete endurecer o combate ao crime organizado e à migração, alinhando-se tacitamente à agenda trumpista. Seu triunfo equilibra o continente: a direita governa a Argentina com Javier Milei, a Bolívia com Rodrigo Paz, o Chile com Kast, o Equador com Daniel Noboa, além de Paraguai e Uruguai; enquanto a esquerda permanece no Brasil com Lula, na Colômbia com Gustavo Petro, no Peru com Dina Boluarte em situação instável, e na Venezuela com Maduro.


Esse equilíbrio pendular, como explica o cientista político Maurício Santoro, reflete o esgotamento do boom das commodities e a polarização global. Em contextos de fragilidade institucional, agravados por desigualdades crônicas e descrença democrática, favorece-se a ascensão de governos autoritários de ambos os lados. Projeções indicam que 2026 será um ano de escalada.


Com ameaças veladas de intervenção militar na Venezuela, possivelmente via Colômbia como base, Trump busca não apenas o petróleo de Maduro, mas também o colapso do Foro de São Paulo como entidade coesa. Retaliações poderiam incluir sanções ampliadas, operações cibernéticas ou financiamento a opositores, afetando o Brasil de forma desproporcional.


Lula, pragmático, tem diversificado parcerias via BRICS expandido, agora com Arábia Saudita, Irã e outros países. Mas Dirceu adverte: isolado, o Brasil seria presa fácil; integrado ao Sul Global, pode resistir. A doutrina Monroe, outrora velada por retórica democrática, revela-se agora em sua essência imperial.


Os Estados Unidos priorizam seus próprios interesses — “americano pensa em americano”, como resume um analista anônimo em Washington. Para a América do Sul, a lição é clara: a defesa da soberania exige unidade regional, não submissão. Caso contrário, o quintal do século XIX pode se transformar em um campo de batalha do século XXI, com consequências irreparáveis para democracias ainda nascentes.



Veja a análise dessa notícia com Adauto Inteligência Artificial Geopolítica América Latina


Aqui estão os destaques sobre a América latina:

• “Trump reacende a Doutrina Monroe na América Latina”

• “EUA miram Brasil e Venezuela em nova ofensiva”

• “Equilíbrio frágil: direita e esquerda dividem o continente”

• “Soberania em risco: América do Sul sob pressão”


Agora veja uma sequência de temas abordados pelas principais agências e jornais, destacando pontos-chave (Brasil, Venezuela, Chile, eleições de 2026):


📰 América Latina em Disputa


“Trump reacende a Doutrina Monroe na América Latina”:

• “EUA miram Brasil e Venezuela em nova ofensiva”

• “Equilíbrio frágil: direita e esquerda dividem o continente”

• “Soberania em risco: América do Sul sob pressão”


➡️ Nova estratégia dos EUA mira conter China e Rússia e reposicionar o continente como “quintal estratégico”.


▪ Analistas alertam para 2026 como ano decisivo, com ameaças de sanções, cyberoperações e manipulação eleitoral.


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