Atuação da CIA na Venezuela antecipa escalada entre os dois países
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 17 de out.
- 4 min de leitura
Atualizado: 20 de out.
O cenário que a grande mídia esconde revela uma situação altamente volátil e prenuncia possíveis desdobramentos críticos nas relações entre EUA e Venezuela.

Adauto Jornalismo Policial* com informações militares do canal @canalmilitarizandoomundo
Nossa análise preditiva destaca algumas particularidades com base nos dados apresentados.
1. Escalada de Conflito
A autorização de Donald Trump para operações secretas da CIA na Venezuela representa uma mudança significativa de postura: da contenção marítima para possível intervenção terrestre.
Isso pode indicar o início de uma campanha de desestabilização mais agressiva, com ações encobertas que vão além do combate ao narcotráfico.
Previsão: A tensão bilateral tende a aumentar, com risco de confrontos indiretos e ações militares pontuais, especialmente se houver operações terrestres ou sabotagens atribuídas à CIA.
2. Resposta Venezuelana
A Venezuela já se prepara há anos para um cenário de guerra assimétrica, com mobilização civil e treinamento militar popular.
A doutrina bolivariana prevê resistência prolongada, inspirada em conflitos como Vietnã e Iraque.
Previsão: Em caso de incursão americana, a Venezuela deve ativar a Milícia Bolivariana e intensificar a mobilização popular, tornando o conflito difícil de ser vencido rapidamente por forças convencionais.
3. Zona Cinzenta e Guerra Híbrida
O conceito de “zona cinzenta” — entre guerra e paz — sugere que os EUA podem adotar estratégias ambíguas: ciberataques, sabotagens, operações de bandeira falsa.
A referência à operação Northwoods levanta a possibilidade de ações encobertas para justificar uma intervenção maior.
Previsão: A guerra pode se manifestar em formas não convencionais, como ataques cibernéticos, campanhas de desinformação e assassinatos seletivos, sem declaração formal de guerra.
4. Impacto Regional e Internacional
A escalada pode afetar países vizinhos, como Colômbia e Brasil, seja por pressão migratória, seja por envolvimento diplomático ou militar.
A ONU e outras entidades internacionais podem intensificar críticas, especialmente diante de alegações de execuções extrajudiciais.
Previsão: Crescimento da polarização internacional, com países se posicionando a favor ou contra a intervenção americana. A Venezuela pode buscar apoio de aliados como Rússia, China ou Irã.
5. Cenário de Desfecho
A ativista María Corina Machado fala em “fase de resolução”, sugerindo que há expectativa de mudança de regime.
No entanto, sem apoio interno ou colapso militar, a substituição de Maduro por meios externos pode ser lenta e custosa.
Previsão: Se houver intervenção, o desfecho pode se arrastar por meses ou anos, com alto custo humano e político, sem garantia de estabilidade pós-conflito.
Agora podemos aprofundar a análise preditiva com foco na Milícia Bolivariana, nas capacidades militares da Venezuela, e nas incertezas estratégicas que cercam o conflito.
Milícia Bolivariana: Pilar da Resistência Popular
6. Expansão e Função Estratégica
A Milícia Bolivariana cresceu de 1,6 milhão (2018) para 5,5 milhões (2024), com meta de 8,5 milhões em 2025.
Apesar do número expressivo, apenas uma fração está apta ao combate direto. O foco é territorialidade e inteligência popular.
Previsão: Em caso de conflito, a milícia atuará como rede de vigilância e contenção social, dificultando ações de sabotagem e insurgência urbana. A capilaridade pode tornar operações americanas mais complexas e menos eficazes.
7. Capacidade Militar Convencional
A FANB conta com cerca de 150 mil tropas, frente a quase 1 milhão dos EUA.
A Venezuela investiu em armamentos defensivos (antitanques, mísseis portáteis) entre 2006–2008, mas enfrenta limitações tecnológicas desde então.
Previsão: A Venezuela não tem capacidade para enfrentar os EUA em guerra convencional. Seu foco será em resistência prolongada, com uso de armamentos defensivos e táticas de guerrilha.
Cenário de Guerra Assimétrica
8. Doutrina de Guerra Popular
Inspirada em Vietnã, Cuba e Iraque, a doutrina bolivariana aposta na resistência descentralizada e prolongada.
A Milícia e a FANB visam tornar qualquer ocupação americana insustentável, mesmo que percam território inicialmente.
Previsão: Se houver incursão militar, o conflito pode se transformar em uma guerra de desgaste, com alto custo político e humano para os EUA, semelhante ao que ocorreu no Oriente Médio.
Incertezas e Possíveis Desdobramentos
9. Flexibilidade da CIA
A CIA pode operar com maior discrição e adaptabilidade, sem necessidade de mobilização formal de tropas.
Isso inclui sabotagens, operações de bandeira falsa e apoio a dissidentes.
Previsão: A imprevisibilidade das ações da CIA pode gerar instabilidade interna na Venezuela, mas também riscos diplomáticos para os EUA se operações forem expostas ou resultarem em mortes civis.
10. Coesão do Regime Venezuelano
A elite militar e política (Maduro, Cabello, Padrino López) ainda parece coesa.
A doutrina de guerra popular busca conter pressões internas por mudança de regime.
Previsão: A manutenção da unidade da FANB será crucial. Se houver fissuras internas ou deserções, o regime pode colapsar mais rapidamente. Caso contrário, o conflito tende a se arrastar.
11. Impacto Regional e Internacional
A Venezuela pode buscar apoio de aliados como Irã, Rússia e China.
Países vizinhos podem ser afetados por fluxos migratórios, instabilidade econômica e pressão diplomática.
Previsão: O conflito pode se internacionalizar, com envolvimento indireto de potências globais e polarização na América Latina.
Conclusão: Cenários Possíveis
Cenário | Descrição | Probabilidade | Consequência |
Intervenção limitada | Ações da CIA sem invasão formal | Alta | Instabilidade interna, desgaste gradual |
Guerra híbrida | Conflito prolongado com milícia e guerrilha | Média | Alto custo humano e político |
Mudança de regime | Queda de Maduro por pressão interna e externa | Baixa a média | Reconfiguração política, risco de caos |
Internacionalização | Envolvimento de aliados e vizinhos | Média | Polarização geopolítica |
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews


