Cerco naval dos EUA à Venezuela se intensifica enquanto Maduro permanece desaparecido
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 14 de out.
- 3 min de leitura
Caracas, Venezuela – A crise política e militar na Venezuela atingiu um novo patamar nesta terça-feira (14), após as forças armadas dos Estados Unidos destruírem uma embarcação venezuelana suspeita de tráfico de drogas.
Adauto Jornalismo Policial*
O ataque, realizado com um míssil AGM-114 Hellfire lançado de um destroyer da classe Arleigh Burke, matou seis pessoas e elevou para 33 o número de mortos em operações similares desde agosto.
O presidente Donald Trump anunciou a ação em sua conta na rede Truth Social, reforçando o bloqueio naval imposto contra o regime de Nicolás Maduro. “Estamos parando o fluxo de veneno que Maduro permite”, escreveu Trump, acusando o governo venezuelano de ser um centro de narcoterrorismo.
Maduro Desaparecido
Enquanto a pressão internacional aumenta, o paradeiro de Nicolás Maduro permanece um mistério. O líder venezuelano não faz aparições públicas desde 20 de setembro, alimentando especulações sobre sua segurança e controle do poder.
A oposição, liderada por María Corina Machado, afirma que o regime estaria utilizando inteligência artificial para simular discursos do presidente.
Imagens de bunkers camuflados nos Andes e bases fortificadas na região da Guiana circulam nas redes sociais, mas nenhuma confirmação oficial foi feita. “Ele é um fugitivo em seu próprio país, ou talvez já tenha fugido”, declarou Machado ao jornal espanhol El País.
Resposta Militar Venezuelana
Em resposta ao cerco, o Ministério da Defesa venezuelano anunciou o recrutamento de 500 mil milicianos e a realização de exercícios militares com tanques russos T-72 e baterias antiaéreas em Zulia e Falcón. Vídeos divulgados pela televisão estatal mostram soldados marchando e patrulhas no rio Orinoco, mas sem a presença de Maduro.
Pressão Internacional e Riscos de Escalada
A Rússia, principal aliada de Maduro, classificou os ataques como “provocações imperialistas” e enviou dois navios de guerra ao Atlântico Sul. A China, por sua vez, limitou-se a críticas diplomáticas, evitando envolvimento militar direto.
O bloqueio naval, descrito pelo almirante aposentado James Stavridis como um “cerco de fato”, visa sufocar economicamente e militarmente o regime chavista. Drones MQ-9 Reaper e caças F-35 dos EUA patrulham a costa venezuelana 24 horas por dia, enquanto tropas americanas realizam exercícios conjuntos na Colômbia.
Crise Humanitária Agravada
A situação interna da Venezuela é crítica. A inflação chegou a 230% em 2025, e mais de 8,2 milhões de venezuelanos já deixaram o país desde 2015. Relatórios da Anistia Internacional denunciam recrutamento militar coercitivo e escassez severa de alimentos, combustíveis e energia elétrica.
Futuro Incerto
Fontes diplomáticas revelaram que emissários de Maduro tentaram negociar com Washington concessões econômicas em troca do alívio das sanções, incluindo exportações preferenciais de petróleo. Trump, no entanto, rejeitou as propostas e exigiu a rendição do ditador.
“A ausência de Maduro é o maior trunfo e a maior fraqueza do regime”, afirmou um analista da CIA ao Washington Post. Sem sua figura, o chavismo perde coesão, mas a incerteza também paralisa a oposição.
Com o Caribe transformado em um tabuleiro geopolítico, o mundo observa com apreensão os próximos movimentos. A pergunta que paira no ar é: onde está Nicolás Maduro – e por quanto tempo ele poderá se esconder?
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews


