CRIMES POLICIAIS — Corregedoria da PCMG solicita acesso a dados telemáticos de delegada e cônjuge investigado por homicídio
- José Adauto Ribeiro da Cruz
- há 5 dias
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Adauto Jornalismo Policial*
A 4ª Subcorregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), no exercício de suas atribuições de controle interno e fiscalização da conduta funcional dos servidores, apresentou representação cautelar ao Poder Judiciário requerendo o compartilhamento dos dados telefônicos e telemáticos da delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira e de seu cônjuge, Renê da Silva Nogueira Júnior, atualmente preso preventivamente por suspeita de envolvimento no homicídio do servidor público Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido em 11 de agosto.
A medida tem por finalidade apurar eventual participação ou omissão da servidora pública no referido delito, especialmente no que tange ao possível fornecimento de arma de fogo registrada em seu nome, bem como à existência de comunicação entre os envolvidos no dia dos fatos.
A solicitação inclui acesso a registros de chamadas telefônicas, mensagens de texto (SMS), comunicações via aplicativo WhatsApp (áudios, vídeos, imagens, inclusive arquivos excluídos), no intervalo compreendido entre 7h e 16h do dia do crime.
Desde o dia 11 de agosto, foi instaurado procedimento administrativo disciplinar para apuração da conduta funcional da delegada, tendo sido a mesma ouvida nas dependências da Corregedoria acerca do uso de sua arma pessoal.
Em manifestação preliminar, a servidora negou ter cedido ou permitido acesso ao armamento por parte do cônjuge, bem como alegou desconhecimento dos fatos que culminaram na prisão do investigado.
Afastada cautelarmente de suas funções por 60 dias, conforme publicação no Diário Oficial do Estado em 23 de agosto, a delegada encontra-se em licença médica, conforme previsão legal e avaliação da unidade hospitalar da corporação.
A Corregedoria ressalta que, até o momento, não há elementos conclusivos que indiquem coautoria ou participação direta da servidora no homicídio, sendo a investigação conduzida com observância aos princípios da legalidade, ampla defesa e contraditório.
A eventual responsabilização funcional dependerá da comprovação de conduta dolosa ou culposa que configure infração disciplinar ou penal.
* Com suporte de IA Copilot fornecido pelo Microsoft
REFERÊNCIAS: