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Essa ofensiva dos Estados Unidos sob Trump não se limita a uma campanha antidrogas

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • há 1 dia
  • 5 min de leitura

Nesta sexta-feira, 24 de outubro, o presidente Donald Trump autorizou exercícios navais da Marinha diretamente nas praias e águas territoriais da Venezuela, marcando uma das escaladas mais agressivas na luta contra o narcotráfico na América do Sul desde a Guerra Fria.


   — Imagem/Reprodução: 🇺🇸ATAQU3S A BARCOS NO 🇧🇷BRASIL PELOS EUA PODEM OCORRER TAMBÉM.

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Além disso, um senador brasileiro sugeriu a Trump realizar ataques também contra embarcações na costa marítima brasileira para o combate às drogas, pressionando o presidente Lula em um momento de extrema tensão militar em toda a América do Sul.


A decisão, anunciada em comunicado oficial do Pentágono, envolve o envio de destroyers da classe Harley Burk, equipados com mísseis Tomahawk de precisão cirúrgica, capazes de atingir alvos a mais de 16 km com margem de erro inferior a 10 metros, além de submarinos nucleares da classe Virgínia, operando em modo furtivo para vigilância submarina.


A operação, batizada de Hemisphere Shield, visa demonstrar força contra o que Washington classifica como narcoterrorismo patrocinado pelo Estado, forçando o regime de Nicolás Maduro a retirar todas as embarcações costeiras, incluindo lanchas rápidas usadas por cartéis aliados, para evitar sua destruição iminente.


Analistas militares independentes, como os do Instituto Estratégico de Washington, apontam que a superioridade tecnológica americana — com sistemas de radar Face the Ray e drones MK9 Reaper armados com mísseis Hellfire — torna qualquer resistência venezuelana suicida, já que o arsenal de Maduro, composto por fragatas russas Sucoi 30 e sistemas de defesa S300 desatualizados, não consegue contrapor a integração de inteligência em tempo real via satélite.


A urgência dessa notícia ecoa por toda a América do Sul, tocando governos de Buenos Aires a Brasília, onde o presidente Luís Inácio Lula da Silva vê seu espaço de manobra diplomática encolher dramaticamente com um encontro bilateral entre Lula e Trump confirmado para o próximo domingo, 26 de outubro, em Kuala Lumpur, durante a cúpula da Aian.


Os Estados Unidos intensificam as pressões sobre o Brasil, exigindo maior cooperação contra o fluxo de drogas, que, segundo relatórios do DAA, origina-se em 60% dos casos de rotas sul-americanas controladas por facções como o Primeiro Comando da Capital, PCCDC e o Comando Vermelho.


Trump, em declarações à Fox News na quinta-feira, vinculou explicitamente a operação venezuelana a uma onda de crime transnacional que atinge as costas brasileiras, ameaçando: “Se o Brasil não agir, agiremos nós”, com ou sem convite, para proteger o hemisfério. Para o governo brasileiro, isso representa um impasse estratégico.


A Marinha do Brasil, com sua frota de 100 navios, incluindo o porta-helicópteros Atlântico, não possui paridade com a quinta frota americana, que conta com mais de 80 vasos de guerra e capacidade para projeção de força anfíbia.


Qualquer opção militar unilateral dos Estados Unidos na costa brasileira, visando cartéis que operam na Baía de Guanabara e no porto de Santos — responsáveis por exportar 500 toneladas de cocaína anualmente, conforme dados da Polícia Federal — seria inquestionável do ponto de vista bélico, mas geraria um furor diplomático, violando princípios da ONU sobre soberania territorial e potencialmente isolando o Brasil nos BRICS.


Nesse cenário de tensão continental, o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e atual presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, inseriu o Brasil diretamente no debate ao sugerir publicamente que Trump estenda os ataques a embarcações de drogas na costa do Rio de Janeiro.


Em uma postagem nas redes sociais, na quinta-feira, 23 de outubro, Flávio republicou um vídeo do secretário de defesa Pete Hetibo mostrando o afundamento de uma embarcação no Pacífico — um ataque que resultou em três mortes confirmadas e a destruição de 200 kg de narcóticos — e comentou: “Que inveja! Ouvi dizer que tem desses na Baía de Guanabara inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”


Essa declaração, que alcançou mais de dois milhões de visualizações em poucas horas, reflete a visão bolsonarista de alinhamento total com os Estados Unidos, defendendo que operações conjuntas ou unilaterais poderiam erradicar o problema das facções criminosas brasileiras, que se tornaram algumas das maiores do mundo, com ramificações em 20 países e faturamento anual estimado em 10 bilhões de dólares, segundo o Fórum Econômico Mundial.


No entanto, críticos no Congresso Brasileiro, como o senador Randolfe Rodrigues, alertam que tal sugestão equivale a uma traição à pátria, pois abriria precedentes para intervenções estrangeiras semelhantes às vistas na Colômbia nos anos 1990, onde ataques aéreos americanos contra o cartel de Cali causaram danos colaterais civis e instabilidade política duradoura.


A interligação entre os eventos na Venezuela e a sugestão de Flávio Bolsonaro revela uma estratégia mais ampla dos Estados Unidos para reafirmar hegemonia na região, usando o narcotráfico como pretexto para pressões geopolíticas.


Na Venezuela, os exercícios navais já provocaram um aumento de 30% no fluxo de refugiados para países vizinhos nas últimas 24 horas, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com mais de 50 mil pessoas cruzando fronteiras para Colômbia, Brasil e Guiana, fugindo de possíveis confrontos.


Maduro, cuja localização permanece desconhecida desde a noite de quarta-feira, enfrenta um cerco total. Bloqueios navais impedem exportações de petróleo, sanções econômicas congelam ativos no valor de 20 bilhões de dólares, e infiltrações da CIA confirmadas por Trump em coletiva minam a estabilidade interna.


Fontes diplomáticas anônimas revelam que emissários de Maduro teriam implorado, via canais back channel com a Casa Branca, para que os Estados Unidos poupassem ativos estratégicos ligados a cartéis como o de Los Soles, integrado por generais venezuelanos, em troca de concessões não especificadas.


O regime de Maduro, rotulado como ditatorial pelo mundo ocidental devido a eleições presidenciais fraudadas — como as de 2018, onde observadores da OEA documentaram sabotagem em 40% das urnas eletrônicas, e as de 2024, marcadas por prisões de opositores e manipulação de resultados — agora se vê isolado, sem capacidade para contra-ataques significativos, além de retórica inflamada.


Essa ofensiva dos Estados Unidos sob Trump não se limita a uma campanha antidrogas, mas configura uma doutrina de intervenção hemisférica renovada, ecoando a política do big stick de Theodore Roosevelt, onde a força militar serve para impor agendas econômicas e políticas. Militarmente, a operação na Venezuela demonstra a assimetria de poder.


Enquanto os destroyers americanos podem lançar salvas de mísseis cruise em minutos, a defesa costeira venezuelana, dependente de baterias antiaéreas chinesas Q9, tem alcance limitado a 200 km e vulnerabilidade a interferência eletrônica.


Esse cenário cria um efeito dominó na região. O Brasil, com sua economia interligada via Mercosul e exportações de commodities para os Estados Unidos no valor de 50 bilhões de dólares anuais, não pode ignorar as pressões, especialmente com Lula buscando reeleição em 2026.


O encontro na Malásia surge como pivotal. Lula, ao afirmar que está aberto a discutir qualquer tema, incluindo Venezuela, pode negociar um pacto que inclua inteligência compartilhada contra cartéis, evitando ataques unilaterais, mas cedendo em questões como alinhamento contra a China nos BRICS.


Para Flávio Bolsonaro, sua sugestão amplifica divisões internas no Brasil, onde o bolsonarismo vê nos Estados Unidos um aliado contra o comunismo de Maduro e Petro, mas ignora riscos como escalada de violência urbana. Imagine drones Reaper sobre o Rio, matando traficantes, mas potencialmente atingindo civis em favelas.


Humanitariamente, o êxodo venezuelano agrava a crise em Roraima, onde campos de refugiados já abrigam 200 mil pessoas, pressionando orçamentos locais e fomentando xenofobia.


No longo prazo, se Trump prosseguir, poderemos ver uma pax americana forçada na América do Sul, com regimes como o de Maduro colapsando sob sanções e isolamento, mas ao custo de instabilidade regional, que beneficia cartéis ao forçá-los a rotas alternativas, como o Atlântico Brasileiro.




REFERÊNCIAS:

                 


@viesmilitar

@jovempannews

                 


 
 
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