CRIME ORGANIZADO — O crime que ronda o STF de Alexandre de Moraes e o Palácio do Planalto de Lula
- José Adauto Ribeiro da Cruz
- há 4 dias
- 8 min de leitura

Adauto Jornalismo Policial*
Para os Estados Unidos, Moraes e Lula são os principais alvos da América do Sul, eles são mais importantes, até mesmo que o ditador venezuelano Nicolas Maduro, mas parece que os políticos brasileiros ainda não se deram conta disso.
Os EUA possuem duas agências bem eficazes em levantar provas contras seus alvos, dentro e fora do país, FBI e CIA e claro que eles já sabem até quando foi que o ministro ou a esposa dele teve a primeira cólica intestinal, o Brasil será sacudido e muita coisa vai ser revelada.
CRIME ORGANIZADO — Empresários são presos por suspeita de financiar plano contra promotor do Gaeco
Adauto Jornalismo Policial*
Uma operação conjunta do Gaeco e do Baep resultou na prisão de dois suspeitos de apoiar um plano de emboscada contra o promotor Amauri Silveira Filho; o chefe da facção estaria foragido na Bolívia.
Na manhã desta sexta-feira, em Campinas (SP), dois empresários foram presos sob a acusação de financiar um plano para executar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A informação foi divulgada pelo portal G1.

As prisões dos empresários Maurício Silveira Zambaldi e José Ricardo Ramos ocorreram em duas regiões distintas da cidade: no bairro nobre do Cambuí e no condomínio Alphaville. A ação foi conduzida por equipes do Gaeco em conjunto com o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).
Ligação com o PCC
De acordo com informações da Polícia Militar, os empresários atuam nos ramos de comércio de veículos e transporte. Um deles estaria diretamente associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que mantém ramificações dentro e fora do país.
As investigações apontam que o objetivo da dupla era interromper apurações conduzidas pelo Gaeco sobre crimes atribuídos à facção, como tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Para isso, os empresários teriam financiado a compra de veículos e armas, além de contratar operadores para montar uma emboscada contra o promotor.
Operação e mandados
Além das prisões, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. A operação visava não apenas prender os suspeitos, mas também coletar documentos, eletrônicos e outros materiais que possam comprovar o envolvimento no planejamento do crime.
Um dos principais articuladores da conspiração é apontado como membro da cúpula do PCC e figura de destaque no tráfico de drogas no país. Ele está foragido há anos e, de acordo com informações dos investigadores, estaria escondido na Bolívia, de onde ainda controlaria atividades criminosas.
CRIME ORGANIZADO — As relações do Banco Master com empresas alvo de operação do PCC

Adauto Jornalismo Policial*
Mais da metade dos fundos do Banco Master, sob a liderança de Daniel Vorcaro e em processo de venda para o BRB (Banco de Brasília), são administrados pelas empresas Trustee DTVM e Reag Investimentos, que foram alvo de uma operação contra o PCC no setor financeiro e de combustíveis.
A ação expôs uma possível fragilidade no processo de venda do banco, que está atualmente sob análise do Banco Central. As informações são da Folha de São Paulo.
Entre os 34 fundos declarados pelo Master, 18 são administrados por essas duas empresas. A Reag, que administra fundos ligados ao banco, está associada à compra de um imóvel de R$ 36 milhões em Brasília, adquirido por uma empresa vinculada a Vorcaro, a Super Empreendimentos, pertencente à Reag.
Vorcaro utiliza o imóvel como residência e espaço de reuniões para relacionamento político. A Trustee DTVM, que administra 13 fundos do Master, também esteve envolvida em polêmicas financeiras.
A operação desta quinta-feira (28) buscou desarticular o crime organizado no setor financeiro e de combustíveis, e tem gerado desconfiança no mercado sobre o processo de venda do Master para o BRB.
Em nota, o Banco Master afirmou que “a Reag é uma prestadora de serviços do Banco Master, e tem como atividades a gestão e a administração de fundos. É uma entre outras entidades financeiras que prestam serviços nesta atividade.
O Master é apenas um entre centenas de clientes da Reag".
CRIME ORGANIZADO — Quem são Beto Louco e Primo, chefes do esquema bilionário do PCC

Adauto Jornalismo Policial*
Conhecidos como “Beto Louco” e “Primo”, os empresários Roberto Augusto Leme da Silva e Mohamad Hussein Mourad, respectivamente, são apontados como elementos centrais do esquema bilionário comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
A infiltração do crime organizado na economia formal foi revelada nesta quinta-feira, 28, na megaoperação deflagrada por vários órgãos em cooperação em dez Estados brasileiros.
Considerada a maior operação do tipo contra o crime organizado na história do País, a ação mirou envolvidos no domínio de toda a cadeia produtiva da área de combustíveis, incluindo usinas, fabricação e refino, distribuidoras, transportadoras, fintechs, e redes de postos de combustível.
Os dois, Mourad e Leme da Silva, estão foragidos. As defesas ainda não foram localizadas. Mourad, o Primo, é descrito como o “epicentro das operações”, e teria montado a rede criminosa com familiares, sócios e profissionais cooptados para fraudes fiscais, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.
Primo é dono da distribuidora de combustíveis Aster, destino de R$ 2,22 bilhões dos R$ 17,7 bilhões em movimentações suspeitas do BK Bank, principal fintech investigada no esquema. A Aster teve sua atuação suspensa pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2024.
Mourad também era dono de uma rede de postos de combustíveis que estariam em nome de laranjas. Ele seria ligado ainda à Copape, uma formuladora de combustíveis.
As investigações apontam que o grupo formado por Copape e Aster era dirigido por um “testa de ferro”, e que, na verdade, as empresas são geridas por Primo e por Beto Louco, apontado como co-líder da organização criminosa.
Segundo a investigação, o grupo tem relação com operadores suspeitos de lavar dinheiro para o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O advogado de Marcola negou que ele tenha ligação com os episódios investigados na operação desta quinta-feira.
No LinkedIn, Mourad se apresenta como CEO de uma transportadora rodoviária de cargas especializada em “combustível e tanque”, e se descreve como “empresário e investidor que acredita na potência do trabalho, da disciplina e do comprometimento como caminho para o alcance de resultados sólidos”. O investigado acrescenta que aprendeu a “desconfiar dos atalhos, valorizando a estabilidade”.
A Receita Federal estima que a organização criminosa movimentou R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Os auditores detectaram irregularidades em mais de mil postos de combustíveis.
CRIME ORGANIZADO — Além de promotor, empresários e líder do PCC planejavam matar comandante da PM

Adauto Jornalismo Policial*
O plano de lideranças do PCC e de um grupo de empresários para matar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho também incluía o assassinato de um comandante da Polícia Militar.
A articulação foi descoberta na última quarta-feira, 27, pelo Ministério Público de São Paulo. Segundo o MP, o mandante dos crimes é Sérgio Luiz de Freitas Filho o conhecido como “Mijão” ou “Xixi”. Ele é apontado como o número 1 do PCC nas ruas.
O traficante de drogas Sérgio Luiz de Freitas, o Mijão, integrante da Sintonia Final do PCC: ele é acusado de planejar matar promotor Foto: Reprodução / Polícia Civil
Foragido há anos, ‘Mijão’ faz parte da lista dos criminosos mais procurados do Brasil e estaria vivendo na Bolívia, de onde gerencia a logística internacional da cocaína para o Brasil e a Europa.
O objetivo de Mijão e dos empresários era interromper as investigações da Operação Linha Vermelha, que apura crimes de tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada ligados à facção. Para cometer o crime, os envolvidos financiaram carro, armamento e a contratação de executores.
Os empresários Maurício Silveira Zambaldi e José Ricardo Ramos foram presos nesta sexta-feira, 29, em Campinas, no interior de São Paulo, por suspeita de envolvimento no plano de execução. O Estadão busca contato com as defesas.
CRIME ORGANIZADO — Como nasceu a megaoperação contra o PCC

Adauto Jornalismo Policial*
A megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (28) contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atingiu 350 alvos em oito estados, começou de forma pontual, em 2021, com investigações do Ministério Público de São Paulo e da Receita Federal sobre adulteração de diesel em caminhões e sonegação fiscal, conhecidas como Operação Arinna.
Inicialmente, a Arinna, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, identificou um grupo criminoso responsável por adulterar combustível e desviar tributos federais, prática que colocava em risco consumidores e a arrecadação do estado.
A sonegação estimada, naquela época, era de cerca de R$ 500 milhões. Hoje, a PF estima que os criminosos movimentaram R$ 52 bilhões, entre 2020 e 2024, por meio de fintechs.
O Ministério Público de São Paulo apontou que a organização criminosa era especializada na adulteração de combustíveis e do composto químico ARLA 32, reagente utilizado para garantir maior eficiência na redução dos poluentes nos motores a diesel.
Os investigadores constaram que o grupo fabricava o ARLA32 utilizando-se, irregularmente, de ureia destinada à fabricação de adubos e fertilizantes, isenta de tributos normalmente cobrados da ureia automotiva, mais pura. A mistura, além de causar mais danos ao meio ambiente, pode danificar o motor do veículo.
Também foi verificado que a organização criminosa importava irregularmente nafta (produto incolor extraído do petróleo e matéria-prima básica para a produção de plástico), sob a justificativa de que o produto seria destinado à fabricação de tintas e vernizes. Porém, as investigações indicaram que esse insumo era misturado à gasolina no processo de adulteração.
Paralelamente, uma operação posterior à Arinna, chamada Boyle, aprofundou a investigação ao analisar celulares apreendidos, confirmando rotas de desvio de metanol para postos de combustíveis na Grande São Paulo e detalhando as conexões financeiras da quadrilha.
A Operação Boyle recebeu esse nome em homenagem ao físico e químico Roberto Boyle, o qual foi o primeiro a realizar o método de destilação da madeira para obtenção do metanol, que também é conhecido como "álcool da madeira".
O esquema criminoso se expandiu para envolver empresas, distribuidoras, fundos de investimento e fintechs, incluindo instituições localizadas na Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Dos 350 alvos da megaoperação, 42 estão concentrados nessa região.
Como funcionava o esquema
As apurações mostraram que cargas de metanol, químico usado no setor de biodiesel, eram desviadas de rotas legais e levadas a postos, muitas vezes com notas fiscais “quentes” que simulavam legalidade. Em alguns casos, o produto representava até 90% da gasolina, muito acima do limite permitido pela ANP, colocando consumidores em risco.
A investigação identificou ainda movimentações financeiras bilionárias, com contas de terceiros, fundos de investimento e fintechs usadas para lavar dinheiro da facção criminosa. A análise das informações da Boyle ajudou a mapear o fluxo do dinheiro e as conexões com empresas usadas como fachada.
A operação Carbono Oculto
O desdobramento das operações Arinna e Boyle culminou na Operação Carbono Oculto, envolvendo cerca de 1.400 agentes, entre auditores, promotores, policiais federais e rodoviários. Foram cumpridos mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados, atingindo empresas, veículos, imóveis e fundos ligados à quadrilha.
Autoridades afirmam que a operação é a maior já realizada contra o crime organizado no Brasil, tanto em abrangência quanto em complexidade financeira.
* Com suporte de IA Copilot fornecido pelo Microsoft
REFERÊNCIAS: