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CRIMES POLICIAIS — Mulher de empresário que matou gari em BH foi afastada da Polícia Civil

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • há 6 dias
  • 4 min de leitura
 — Imagem/Reprodução//YouTube/@TodoCultura: Ana Paula Balbino está afastada da Polícia Civil por 60 dias para tratamento de saúde.
— Imagem/Reprodução//YouTube/@TodoCultura: Ana Paula Balbino está afastada da Polícia Civil por 60 dias para tratamento de saúde.

Delegada Ana Paula Balbino é afastada da Polícia Civil após crime envolvendo seu marido


Adauto Jornalismo Policial*


A delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, da Polícia Civil de Minas Gerais, foi afastada de suas funções por um período de 60 dias para tratamento de saúde.


O afastamento foi concedido pelo Hospital da Polícia Civil e publicado no Diário Oficial do Estado, dois dias após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido em 11 de agosto no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte.


Relação com o crime


Ana Paula é casada com o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ter matado Laudemir com uma pistola calibre .380 registrada em nome da própria delegada. Segundo depoimento de Renê, ele teria pego a arma sem o conhecimento da esposa.


A delegada também afirmou não saber que o marido estava em posse do armamento.

Apesar de estar licenciada por motivos de saúde não especificados, Ana Paula continua sendo investigada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil.


O procedimento administrativo busca apurar se houve negligência ou omissão de cautela na guarda da arma, além de avaliar sua conduta como servidora pública diante do envolvimento indireto no crime.


Investigação e responsabilização


O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) solicitou a responsabilização solidária da delegada, argumentando que, embora Renê tenha assumido a culpa, o fato de a arma ser de propriedade dela implica em responsabilidade compartilhada.


O MP também pediu o bloqueio de bens do casal no valor de R$ 3 milhões, como forma de garantir eventual indenização à família da vítima.


Carta e versão do acusado


Renê escreveu uma carta de próprio punho na prisão, datada de 25 de agosto, alegando que o ocorrido foi um “acidente”. Ele afirmou que pretendia apenas “atirar para cima” durante uma discussão de trânsito, e que não percebeu que havia atingido o gari.


Inicialmente, o empresário negou envolvimento no crime, mas mudou sua versão após a divulgação de imagens que o mostravam com uma arma e passeando com seus cães após o homicídio.


Dinâmica do crime


O crime aconteceu por volta das 9h da manhã, quando Renê se irritou com um caminhão de coleta de lixo que, segundo ele, atrapalhava o trânsito.


Ele teria ameaçado a motorista do caminhão e, ao ser confrontado por Laudemir, que tentava defender a colega, disparou contra o gari. A vítima foi atingida na região torácica e morreu após ser socorrida.


Agora vamos traçar uma linha do tempo dos fatos, uma análise jurídica e uma reflexão sobre segurança pública e responsabilidade civil.


Caso Renê Nogueira: Uma tragédia urbana que levanta questões sobre responsabilidade e segurança pública


Linha do tempo dos acontecimentos


  • 11 de agosto de 2025: O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, é assassinado a tiros no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, após uma discussão de trânsito com o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior.

  • Dias seguintes: Renê nega envolvimento no crime, alegando não ter passado pela região. Vídeos divulgados posteriormente mostram o empresário com uma arma e passeando com seus cães após o homicídio.

  • 25 de agosto: Renê escreve uma carta de próprio punho na prisão, alegando que o disparo foi acidental e que não sabia que havia atingido o gari.

  • 27 de agosto: A delegada Ana Paula Balbino, esposa de Renê e proprietária da arma usada no crime, é afastada da Polícia Civil de Minas Gerais por 60 dias para tratamento de saúde. A Corregedoria-Geral inicia investigação sobre sua conduta.

  • Atualidade: O inquérito policial e o processo administrativo contra a delegada seguem em andamento. O Ministério Público solicita o bloqueio de bens do casal e avalia a responsabilização solidária da servidora.


Análise jurídica: responsabilidade compartilhada e negligência


O caso levanta uma questão jurídica delicada: até que ponto a delegada Ana Paula Balbino pode ser responsabilizada por um crime cometido com uma arma registrada em seu nome?

  • Posse legal da arma: A arma utilizada no homicídio era de propriedade particular da delegada, o que implica em dever de guarda e responsabilidade sobre seu uso.

  • Alegação de desconhecimento: Tanto Renê quanto Ana Paula alegam que ele pegou a arma sem o conhecimento dela. Ainda assim, o Ministério Público considera que houve falha na guarda do armamento, o que pode configurar negligência.

  • Responsabilidade solidária: O MP-MG propôs que Ana Paula seja responsabilizada civilmente junto ao marido, com base no princípio da solidariedade em casos de omissão culposa.

  • Indenização à família da vítima: O bloqueio de R$ 3 milhões em bens do casal foi solicitado como garantia de reparação à família de Laudemir.


Reflexão: segurança pública e o papel da autoridade


Este episódio não é apenas um caso criminal — ele escancara vulnerabilidades na relação entre civis armados, agentes públicos e o controle sobre instrumentos letais.

  • Armas em mãos erradas: O uso de uma arma registrada por um agente da lei em um crime cometido por um civil próximo a ela levanta preocupações sobre o controle e rastreabilidade de armamentos particulares.

  • Conduta de servidores públicos: A investigação da Corregedoria é essencial para preservar a integridade institucional da Polícia Civil. A confiança da população depende da transparência e da responsabilização de seus agentes.

  • Violência urbana e intolerância: O assassinato de Laudemir, motivado por uma discussão banal de trânsito, reflete um padrão preocupante de escalada da violência em situações cotidianas. A presença de armas potencializa tragédias que poderiam ser evitadas com diálogo e empatia.


Este caso é um triste lembrete de que a segurança pública não se constrói apenas com leis e patrulhas, mas também com responsabilidade individual, ética institucional e justiça restaurativa.



* Com suporte de IA Copilot fornecido pelo Microsoft


 

REFERÊNCIAS:

                 

 
 
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