Indiciada por morte de jovem em tratamento estético foi presa no Rio
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 16 de out.
- 3 min de leitura
A enfermeira Sabrina Rabetin Serri, acusada de participar de um procedimento estético ilegal que culminou na morte trágica de Marilha Menezes Antunes, de apenas 28 anos, finalmente se entregou à polícia nesta quarta-feira (15), após dias foragida.

Adauto Jornalismo Policial*
A prisão foi efetuada na Delegacia do Consumidor (Decon), onde o mandado foi cumprido.
Sabrina atuava diretamente ao lado do médico José Emílio de Brito, já preso por realizar a hidrolipo que tirou a vida da jovem.
Segundo o delegado Wellington Vieira, ambos serão julgados como réus por um crime considerado hediondo.
“A prisão é fundamental. A polícia reuniu provas contundentes, e agora os dois responderão por homicídio qualificado”, afirmou.
A dor da família de Marilha é agravada pela negligência e pela tentativa de intimidação. Léa Carolina Menezes Antunes, irmã da vítima, relatou o momento em que presenciou a tentativa de reanimação da irmã: “Sabrina me mandou sair dali e disse que, se minha irmã morresse, a culpa seria minha. Isso é cruel.”
Denúncia: Rede clandestina de estética leva jovem à morte
A investigação revela um cenário alarmante: Sabrina foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina.
Ela aplicava anestésicos — um ato exclusivo de médicos — e já havia sido investigada por lesões graves em outros procedimentos estéticos, em 2021 e novamente em 2025, após a morte de Marilha.
Além disso, a polícia desmantelou uma rede clandestina de captação de pacientes, que operava com promessas enganosas e ausência total de segurança médica.
Pacientes eram levadas a acreditar que estavam em boas mãos, mas sequer passavam por consulta prévia com o médico responsável.
A necropsia revelou sete perfurações no corpo de Marilha, sendo duas lesões penetrantes que atingiram a cavidade abdominal, provocando hemorragia interna.
O laudo do Instituto Médico-Legal confirmou perfuração no rim como causa da morte. Em contraste, o médico tentou atribuir o óbito a uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória — uma tentativa clara de encobrir os erros fatais cometidos.
A clínica onde ocorreu o procedimento se exime da responsabilidade, alegando que apenas aluga o centro cirúrgico para equipes terceirizadas.
No entanto, a família denuncia a demora no socorro e a ausência de recursos básicos para emergências. “Foram 90 minutos tentando reanimar minha irmã”, disse Léa.
Este caso escancara a atuação criminosa de profissionais que se aproveitam da vulnerabilidade de pacientes em busca de procedimentos estéticos.
A responsabilização de todos os envolvidos é urgente — não apenas para fazer justiça à memória de Marilha, mas para impedir que outras vidas sejam colocadas em risco por práticas médicas ilegais e redes de estética clandestina.
Como Denunciar?
O disque denúncia 181 funciona com uma central de atendimento unificada, que funciona 24 horas por dia para atender à população
Cada denúncia registrada é encaminhada para a equipe responsável, seja da Polícia Civil, Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros.
O informante não precisa se identificar e a ligação será mantida em sigilo. Na conversa, o denunciante recebe uma senha para acompanhamento da investigação e, depois de três meses, pode solicitar, pelo mesmo número, informações sobre o andamento das apurações.
O foco do serviço é o atendimento de denúncias anônimas que resultem em investigação, e não de situações emergenciais, explica a Sejusp. Nesses casos, é possível acionar os números 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil).
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews


