top of page

Militares americanos na América do Sul preocupa Lula e o PCC

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 1 de out.
  • 4 min de leitura

O que o presidente Lula mais temia aconteceu: Argentina autorizou a entrada de tropas militares dos Estados Unidos em seu território. A notícia, que chegou como uma bomba em Brasília na manhã de quarta-feira, decorre do decreto 697/2025, assinado por Javier Milei e publicado no Diário Oficial em 30 de setembro.


 — Imagem/Reprodução: LULA IRADO! MILEY ACEITA TROPAS DOS EUA NA FRONTEIRA DO BRASIL E AUMENTA TENSÃO CONTRA O PCC E PT.

Adauto Jornalismo Policial* com informações do canal @canalmilitarizandoomundo


A medida permite a participação de militares americanos em dois exercícios conjuntos, com o objetivo de fortalecer a cooperação em defesa e assistência humanitária, intensificando o alinhamento entre Buenos Aires e Washington — o que acende alertas no Brasil. Lula teme que a crescente presença militar americana na América do Sul, especialmente próxima às fronteiras brasileiras, ameace a estabilidade regional.


Nova era trumpista na América do Sul desafia soberania brasileira


Os exercícios incluem o “Solidariedade”, de 6 a 10 de outubro em Puerto Varas, no Chile, com foco em respostas a desastres naturais e integração civil-militar, e o “Trident”, de 20 de outubro a 15 de novembro, em bases navais argentinas como Mar del Plata, Ushuaia e Puerto Belgrano, envolvendo operações combinadas, combate marítimo e assistência humanitária.


Alinhamento Argentina-EUA redesenha o tabuleiro sul-americano


Milei justificou a urgência pela natureza excepcional da situação, afirmando que a ausência argentina comprometeria o adestramento de suas forças. Embora um projeto de lei tenha sido enviado ao Congresso, ainda não foi analisado pela Câmara dos Deputados, contornando o artigo 75 da Constituição Argentina, que exige aprovação legislativa prévia para a entrada de tropas estrangeiras.


A decisão reflete a aproximação de Milei com Donald Trump, com quem se reuniu na ONU em setembro e tem novo encontro marcado para 14 de outubro na Casa Branca. A parceria vai além dos exercícios militares: Argentina, Equador e Paraguai declararam apoio às políticas americanas contra o narcotráfico, incluindo a classificação do Cartel dos Sóis como organização terrorista.


O que Lula mais temia: militares dos EUA chegam à Argentina


Esse alinhamento ocorre em meio à ofensiva de Washington contra o governo de Nicolás Maduro, acusado por Trump de liderar o narcotráfico. Operações navais no Caribe já resultaram em ataques a embarcações ligadas ao grupo Trem de Aragua, e há estudos para ataques cirúrgicos na Venezuela, visando traficantes e, possivelmente, a remoção de Maduro.


Brasil isolado diante da ofensiva militar americana no continente


Lula teme essa decisão argentina por uma combinação de fatores regionais e domésticos. Crítico declarado de Trump, o presidente brasileiro já o chamou de “nazista com outra cara”, “fascista” e “imperialista” em discursos desde 2024.


Durante a campanha americana, alertou que a vitória de Trump traria o nazismo de volta e, em 2025, defendeu nos BRICS a ascensão da China como superpotência militar, econômica e cultural, propondo uma moeda alternativa ao dólar para desafiar o poder imperial de Washington.


Presença militar americana na América do Sul preocupa Lula


Em maio, durante viagem à China e Rússia, comparou a arrogância de Trump à Alemanha nazista. O temor de Lula se intensifica com o monitoramento conjunto de Estados Unidos e Israel sobre grupos como o Hezbollah, que opera na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, em coordenação com facções brasileiras como o PCC e o Comando Vermelho.


Investigado desde 2025, o Hezbollah arrecada fundos via tráfico na região, com facilitadores na fronteira paraguaia-brasileira-argentina. Em agosto, o Paraguai instalou uma base antiterrorista com apoio do FBI, e os EUA ofereceram recompensas milionárias por líderes do grupo na América Latina.


Decreto de Milei permite entrada de militares americanos: Lula reage com preocupação


Em julho, o PCC foi sancionado pela Lei Magnitsky por tráfico de drogas, ao lado de Hamas e Al-Qaeda, com discussões em Washington para classificá-lo como organização terrorista — o que poderia justificar intervenções diretas.


Na Argentina, a expansão do PCC também preocupa. Em agosto de 2025, autoridades prenderam 28 membros da facção, que já realiza batismos em prisões locais. O governo criou o Departamento Federal de Investigações (DFI) para combater organizações criminosas estrangeiras, como a quadrilha gaúcha liderada por Fábio Rosa Carvalho, detida em Buenos Aires.


Essas ações reforçam o receio de que a presença militar americana, agora formalizada na Argentina, possa evoluir para operações transfronteiriças na tríplice fronteira, onde rotas de cocaína para a Europa cruzam o Brasil.


Tríplice fronteira sob pressão: EUA ampliam influência militar


Lula teme que intervenções americanas, conhecidas por sua contundência em operações no Afeganistão e Iraque, desestabilizem o delicado equilíbrio mantido pelo governo brasileiro com facções como PCC e CV. Negociações informais em presídios e políticas de redução de danos evitam escaladas de violência urbana que poderiam erodir a popularidade petista.


Exercícios militares EUA-Argentina intensificam tensão regional


Uma ação americana na região, apoiada por vizinhos como Argentina, Paraguai, Peru, Chile e Equador — que endossam a cruzada de Trump contra o narcotráfico — poderia expor esses arranjos e enfraquecer a soberania brasileira.


A Colômbia de Gustavo Petro, embora crítica à desproporção americana, evita confronto direto, deixando Lula e Maduro como vozes isoladas contra Washington. A revisão congressional na Argentina pode limitar ou validar o decreto de Milei, mas o impacto regional já é evidente.


Analistas alertam que, caso os exercícios avancem sem resistência, outros países sul-americanos podem seguir o exemplo argentino, forçando Lula a rever sua estratégia anti-imperialista. Em um continente cada vez mais alinhado aos Estados Unidos, o Brasil enfrenta o desafio de proteger sua soberania enquanto lida com o avanço das facções criminosas e a sombra de uma nova era trumpista na América do Sul.


* With AI Copilot support provided by Microsoft


 

REFERÊNCIAS:

@viesmilitar

@jovempannews

                 


                 

 
 
bottom of page