Nova doutrina militar é anunciada para os Estados Unidos pelo Secretário da Guerra
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 30 de set.
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Nesta terça-feira (30), o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reuniu-se com os chefes das forças militares do país na base de Quantico, na Virgínia, para anunciar novas diretrizes para as forças conjuntas do Pentágono.

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Hegseth, ex-apresentador da Fox News e um dos nomes mais controversos da gestão Trump, tem experiência militar limitada: foi major nas guerras do Iraque e Afeganistão.
É conhecido por sua visão de extrema direita para a doutrina política e de defesa dos Estados Unidos.
Princípios da nova diretriz
Segundo Hegseth, as forças armadas, que acumularam fracassos em todos os conflitos do século XXI, passarão a seguir estes princípios:
Fim das políticas de diversidade nas Forças Armadas;
Padrões rígidos de condicionamento físico e higiene pessoal, sem distinção de gênero (na prática, reduzindo a presença feminina nas tropas);
Eliminação do que chama de “generais gordos” e líderes tóxicos, com a implementação de testes físicos semestrais para todos os postos;
Restauração de uma “cultura gladiadora”, centrada na prontidão e na eficácia em combate.
Foco no estado das tropas
Apesar de não anunciar mudanças significativas em investimentos militares ou na estratégia de defesa diante do mundo multipolar, Hegseth direcionou sua atenção ao estado físico e moral das tropas.
O secretário sustenta que parte do fracasso das invasões dos EUA no Afeganistão e Iraque se deveu ao abandono do ethos guerreiro.
Para ele, as estratégias de contra insurgência centradas na proteção da população civil e na redução de baixas enfraqueceram a eficácia das operações.
“Generais gordos” e disciplina física
“É completamente inaceitável ver generais e almirantes gordos nos corredores do Pentágono liderando comandos em todo o país. No mundo, é uma má imagem.”
“Tudo começa com a aptidão física e a aparência. Se o Secretário da Guerra consegue fazer PT [treinamento físico] regular e intenso, todos os membros da nossa força conjunta também conseguem.”
Mulheres nas Forças Armadas
Sobre a participação feminina, Hegseth afirmou que as políticas de diversidade permitiram a entrada de mulheres, segundo ele, sem aptidão física adequada. Na visão do secretário de Trump, isso comprometeu a qualidade operacional das tropas.
Em agosto, o secretário chegou a publicar um vídeo defendendo que mulheres não tivessem mais direito ao voto.
Visão sobre a América Latina
Hegseth também defende que as áreas sob o Comando Sul dos EUA — a América Latina — voltem a ser o “quintal” do país, retomando uma versão atualizada da Doutrina Monroe.
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews

