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Os Estados Unidos autorizaram a venda de sistemas de mísseis antitanque Javelin ao Brasil

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 7 de out.
  • 5 min de leitura

Os Estados Unidos autorizaram a venda de sistemas-de-mísseis-antitanque-Javelin ao Brasil em um marco que reforça a parceria estratégica entre as forças armadas dos dois países.


  — Imagem/Reprodução: Essa tecnologia, comprovada em conflitos como o Iraque e a Ucrânia, oferece mobilidade e letalidade.

Adauto Jornalismo Policial* com informações do canal @canalmilitarizandoomundo


Os Estados Unidos autorizaram a venda de sistemas de mísseis antitanque Javelin ao Brasil em um marco que reforça a parceria estratégica entre as forças armadas dos dois países.


O Javelin, desenvolvido pela Raytheon e Lockheed Martin, é um sistema portátil de mísseis guiados de disparo e esquecimento — Fire and Forget — capaz de neutralizar tanques e veículos blindados a até 2,5 km de distância com precisão superior, utilizando sensores infravermelhos para rastreamento automático.


Essa tecnologia, comprovada em conflitos como o Iraque e a Ucrânia, oferece mobilidade e letalidade ideais para forças de infantaria, integrando-se perfeitamente às operações do Exército Brasileiro sem demandar plataformas complexas.


Na última semana de setembro de 2020, o Exército Brasileiro assinou a carta de oferta e aceitação referente ao aditivo número um, ao case FMSBR BL, por meio do programa Foreign Military Sales, o mecanismo militar americano para vendas estrangeiras com preços acessíveis e suporte logístico.


O despacho decisório de 23 de setembro, emitido pelo Comando Logístico, aprova a inclusão de 15 unidades do lançador Lightweight Command Launch Unit Sensitive Category integradas ao pacote Total Package Approach.


A assinatura, realizada pelo chefe da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, em nome do EB, fundamenta-se no acordo Brasil–Estados Unidos de 2000, promulgado pelo decreto de 2001 e na Lei de Licitações de 2021, com aval da consultoria jurídica do Exército e da Secretaria de Economia e Finanças.


Essa transação não é isolada, mas o ápice de uma parceria histórica entre as Forças Armadas Brasileiras e as forças militares americanas, forjada desde a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil enviou a Força Expedicionária Brasileira à Europa ao lado dos aliados.


Ao longo das décadas, essa colaboração evoluiu para exercícios conjuntos como o Unitas e o Rimpack, compartilhamento de inteligência via acordos bilaterais e capacitação técnica em áreas como guerra eletrônica e operações anfíbias.


No âmbito governamental, a parceria estratégica entre Brasil e Estados Unidos abrange desde o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca até iniciativas recentes de cooperação em cyberdefesa e controle de fronteiras, refletindo interesses comuns em estabilidade hemisférica.


A autorização para os Javelin, negociada há quase três anos, exemplifica a confiança mútua.


O presidente Donald Trump, com sua doutrina “América em primeiro”, prioriza aliados confiáveis como o Brasil, confirmando a venda apesar de restrições exportadoras sensíveis e sinalizando alinhamento tático entre as lideranças militares de ambos os lados.


Essa aprovação não só confirma a solidez da aliança entre as duas nações, mas também amplia a influência dos Estados Unidos sobre as forças armadas brasileiras por meio de treinamentos conjuntos em Fort Bragg e intercâmbios na Escola das Américas, fomentando interoperabilidade que facilita operações futuras e integra o Exército Brasileiro à rede global de aliados americanos.


Em um contexto de tensões geopolíticas globais — da guerra na Ucrânia à rivalidade sino-americana no Indo-Pacífico — o Brasil enfrenta uma necessidade imperiosa de modernizar suas forças armadas.


Com um orçamento de defesa apertado, estimado em cerca de 1,4% do PIB em 2025, o país avança lentamente, priorizando aquisições custo-efetivas que elevem a letalidade sem comprometer a soberania.


Os mísseis Javelin, portáteis e de disparo e esquecimento, representam exatamente isso: um sistema comprovado contra blindados e fortificações, operado por mais de 20 nações aliadas aos Estados Unidos, que se integra facilmente à doutrina do EB sem demandar infraestrutura complexa.


Essa estratégia de modernização é evidente em aquisições recentes, como a entrega do oitavo KC-390 Millennium à Força Aérea Brasileira, na semana anterior a 3 de outubro de 2025.


Produzido pela Embraer e destinado ao Esquadrão Gordo — Primeiro Grupo de Transporte de Tropa — a aeronave reabastecedora amplia as capacidades logísticas e estratégicas da FAB, permitindo missões de longo alcance em cenários de crise regional.


As tensões na América Latina amplificam essa urgência. O narcotráfico, financiado em grande parte pela Venezuela de Nicolás Maduro — regime que fraudou as eleições presidenciais de 2024 e sustenta rotas que destroem centenas de milhares de vidas nos Estados Unidos anualmente — transformou as fronteiras em zonas de alta insegurança.


A nova política norte-americana sob Trump, com foco em ações decisivas contra terroristas — termo aplicado a cartéis e regimes como o de Maduro — elevou o alarme.


Operações militares americanas no Mar do Caribe culminaram no afundamento de pelo menos cinco navios venezuelanos, sem retaliação efetiva de Caracas, que protesta, mas carece de capacidade.


Maduro, autodeclarado inimigo dos Estados Unidos e avesso a negociações, mobilizou milhares de tropas para suas fronteiras, gerando spillover de instabilidade.


Facções criminosas brasileiras como o PCC e o CV entraram no radar de Washington, vistas como extensões do ecossistema narc-venezuelano.


O Brasil, com mais de 2.200 km de fronteira terrestre com a Venezuela, responde com robustez. O EB deslocou mais de 10.000 militares para a região norte, apoiados por centenas de blindados, helicópteros, caças e sistemas de projeção de poder.


Na fronteira sul, ameaças de infiltrações paraguaias e argentinas demandam vigilância similar.


Nesse vácuo, os Javelin chegam como resposta tática precisa, permitindo ao EB neutralizar ameaças assimétricas com eficiência.


A aquisição não só fortalece a dissuasão, mas aprofunda a cooperação bilateral. Inteligência compartilhada entre agências como a DEA e a ABIN visa cerco total ao narcotráfico, transcendendo divergências políticas do governo brasileiro.


Facções criminosas nacionais, agora no epicentro de operações conjuntas, podem enfrentar esmagamento coordenado, envolvendo forças armadas brasileiras, tropas americanas e aliados regionais.


Essa venda de Javelin transcende o âmbito operacional, configurando-se como um vetor pivotal para a redefinição da segurança hemisférica.


Taticamente, os sistemas elevam o poder de fogo do EB em cenários de baixa intensidade, como contra a insurgência fronteiriça, onde a mobilidade e a precisão superam a quantidade de forças convencionais.


Estrategicamente, sinaliza o Brasil como âncora de estabilidade na América do Sul, alinhando-se aos interesses americanos sem abdicar de sua autonomia.


Um equilíbrio delicado em meio à doutrina trumpista que privilegia ações unilaterais, mas recompensa parcerias leais.


Para os Estados Unidos, é uma vitória diplomática. Fortalece uma barreira contra o eixo Venezuela–Cuba–Irã, contendo o fluxo narco e a influência chinesa na região, enquanto testa a interoperabilidade com um aliado sul-americano chave.


Contudo, desafios persistem. O orçamento brasileiro, pressionado por cortes fiscais e prioridades domésticas, limita a escala dessa modernização.


Os Javelin, acessíveis em custo inicial, demandam treinamento contínuo e munições recorrentes que podem esticar recursos.


Geopoliticamente, o risco de escalada com Maduro — cujas mobilizações fronteiriças já provocam incidentes isolados — exige diplomacia paralela para evitar um conflito proxy indesejado.


No longo prazo, essa parceria pode pavimentar aquisições futuras, como sistemas de defesa aérea ou drones, mas depende de estabilidade interna no Brasil, eleições e de uma política externa brasileira mais assertiva.


Em essência, os Javelin não são apenas armas, mas um catalisador para um Brasil mais proativo, transformando vulnerabilidades fronteiriças em fortalezas regionais e consolidando uma aliança transatlântica que moldará o século XXI na América Latina.




* With AI Copilot support provided by Microsoft


REFERÊNCIAS:

@viesmilitar

@jovempannews

                 


                 

 
 
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