Pelo menos 59 mortos com ficha criminal em megaoperação do Rio são identificados
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 1 de nov.
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Atualizado: 3 de nov.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou nesta sexta-feira (31) que a Polícia Civil identificou 59 pessoas entre os mortos na Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha na última terça-feira (28).

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Segundo o chefe do Executivo estadual, todos os identificados até o momento possuíam antecedentes criminais.
A identificação preliminar também apontou que 22 dos mortos eram oriundos de outros estados, como Pará, Amazonas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Paraíba.
A informação reforça, segundo autoridades, a presença interestadual de integrantes do Comando Vermelho.
A Operação Contenção é considerada a mais letal da história do país, com 121 mortes confirmadas até o momento, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, conforme atualização divulgada pelo governo estadual.
Perícia e impasse institucional
A Polícia Civil informou que cerca de cem corpos passaram por necropsia no Instituto Médico Legal (IML) até a noite de quinta-feira (30), e parte deles já foi liberada para as famílias. Desde o início da operação, 15 corpos foram retirados do IML.
O trabalho pericial é acompanhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que deve elaborar laudos próprios com o apoio de peritos independentes.
A Defensoria Pública solicitou acesso às perícias, com base na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas.
A Polícia Civil, no entanto, negou o pedido, restringindo o acesso ao IML a policiais civis e membros do Ministério Público.
Objetivos da operação e desfecho parcial
A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes com o objetivo de cumprir 70 mandados de prisão em 180 endereços ligados ao Comando Vermelho. Durante a ação, foram apreendidos mais de cem fuzis.
O confronto foi marcado pelo uso de armamento pesado e pela reação da facção, que utilizou drones para lançar explosivos contra os agentes.
Apesar de o governador ter classificado a operação como um “sucesso”, destacando a atuação policial e o número de apreensões, o principal alvo da ofensiva, Edgar A. de A., conhecido como Doca, não foi localizado e permanece foragido.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, o líder da facção teria utilizado outros integrantes para formar uma barreira e facilitar sua fuga. O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua captura.
REFERÊNCIAS:


