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Café com selo de pureza falsificado continha material similar a vidro é proibido pela Anvisa

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 25 de set.
  • 3 min de leitura

A marca de café Câmara, que foi proibido nesta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), falsificou o selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).


— Imagens/Reprodução: Café proibido pela Anvisa falsificou selo de pureza; lote continha material similar a vidro.
— Imagens/Reprodução: Café proibido pela Anvisa falsificou selo de pureza; lote continha material similar a vidro.

Adauto Jornalismo Policial* Sem Fins Lucrativos


A Abic disse que a Sacipan, empresa responsável pela fabricação do café, não faz parte de sua associação desde 2016. Ela já foi notificada por uso indevido do selo de pureza.


A última análise feita pela Abic sobre o Café Câmara, em fevereiro de 2024, indicou que o produto estava impuro.


A embalagem do produto informa que o Café Câmara é fabricado pela Sacipan (Sociedade Abast do Com e da Indústria de Panificação Sacipan S/A) e pela Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda. Segundo a Anvisa, ambas estão em situação irregular.


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A Anvisa também afirmou que o café tinha origem desconhecida. Uma análise feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) identificou “fragmentos de um corpo estranho, semelhantes a vidro” no lote 160229 do produto.


Neste ano, o governo já identificou outros produtos vendidos como café e que continham impurezas.


Em maio, as marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial também foram proibidas. Segundo o Ministério da Agricultura, os itens das três marcas, apelidadas de 'café fake', não tinham café em sua composição e eram feitos de "lixo da lavoura".


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O que é o selo de pureza


Criado em 1989, o selo de pureza da Abic identifica os cafés feitos com 100% de grãos e distingue os produtos que não seguem padrões de qualidade.


Atualmente, a Abic segue as regras definidas em 2022 pelo Ministério da Agricultura. A norma determina que os pacotes não podem conter mais de 1% de impurezas ou materiais estranhos.


Entre as impurezas estão galhos, folhas e cascas. Já os materiais estranhos incluem pedras, areia e sementes de outras plantas. Também é proibida a presença de elementos como corantes e açúcar.


As regras passaram a valer em 2023 e reforçaram as ações de fiscalização do governo, como as operações que apreenderam marcas de “café fake”.


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Como é feito o controle de qualidade hoje


O selo da Abic foi aprimorado ao longo dos anos. Atualmente, as indústrias precisam passar por quatro etapas de análise para obter a certificação. São elas:

  • Microscópica: que avalia a pureza do café. Ou seja, certifica que se o produto possui adição de outros ingredientes, por exemplo;

  • Sensorial: os cafés são provados às cegas por especialistas, que verificam a qualidade e classificam o tipo do produto: tradicional, extraforte, superior, gourmet e especial;

  • Auditoria de boas práticas: técnicos visitam a fabricante para avaliar se os itens obrigatórios de fabricação são cumpridos, como higiene e qualidade do café;

  • Monitoramento na gôndola: amostras dos cafés certificados são coletadas diretamente nas prateleiras dos mercados, sem aviso prévio, para garantir que o produto segue dentro dos padrões exigidos — mesmo após a certificação.



* With AI Copilot support provided by Microsoft


REFERÊNCIAS:

                 


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