CRIMES POLICIAIS — Polícia mata integrante do 'Bonde dos 14' do PCC, grupo que incluiu ex-delegado em lista de jurados de morte
- José Adauto Ribeiro da Cruz

- 23 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de set.
Adauto Jornalismo Policial* Sem Fins Lucrativos
A Polícia Militar matou nesta terça-feira (23) um homem apontado como integrante do “Bonde dos 14”, célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava na Zona Leste de São Paulo e chegou a incluir o então delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, em uma lista de jurados de morte. Ele, no entanto, não estava na lista de suspeitos pela morte do ex-delegado.

Ruy Fontes foi assassinado a tiros de fuzil em 15 de setembro em Praia Grande, no litoral paulista. Ele atuou há mais de 20 anos na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e no combate ao PCC.
Notícias em tempo real e o que você precisa saber para entender o Brasil e o mundo. Acesse o g1 aqui!
O suspeito morto é Cleberson Paulo dos Santos, conhecido como “Nego Mimo”, “Nego Limo” e “Mimo”. Ele foi localizado na Vila Curuçá, na região leste da capital.
Segundo a PM, ao perceber a presença dos agentes, ele reagiu e disparou contra as equipes, que revidaram. O homem foi atingido e morreu no local.
Cleberson estava foragido desde 2022, quando não retornou da saída temporária do Centro de Detenção Provisória de Valparaíso, no interior do estado. Ele cumpria pena por homicídio e ainda tinha mais de 10 anos de condenação a cumprir.
Em investigações da Polícia Civil, ele também foi apontado como liderança disciplinar do PCC na Zona Leste de São Paulo, responsável por fiscalizar integrantes da facção que estavam em liberdade.
O histórico criminal dele inclui registros por homicídio, roubo, associação criminosa, associação ao tráfico de drogas, corrupção de menor, uso de documento falso e falsificação de documento público.
LEIA TAMBÉM:
'Bonde dos 14'
O “Bonde dos 14” era responsável por executar tarefas atribuídas pelo comando da facção na região. Em 2019, logo após assumir o cargo de delegado-geral — o mais alto da Polícia Civil de São Paulo —, Ruy determinou a transferência de 22 líderes do PCC para presídios federais de segurança máxima.
Meses depois, a polícia prendeu integrantes do grupo. Em audiência sobre o caso, o próprio delegado revelou que seu nome estava na lista de alvos da quadrilha.
“Policiais fizeram uma investigação e descobriram que havia, no meio do PCC, uma ordem para matar algumas autoridades, e meu nome estaria entre elas. Era uma carta entre eles determinando essas mortes”, disse o delegado em depoimento à Justiça.
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:

