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O Segunda-feira em Foco traz um cenário parcial de 25/08

  • Foto do escritor: José Adauto Ribeiro da Cruz
    José Adauto Ribeiro da Cruz
  • 25 de ago.
  • 8 min de leitura
  — Imagem/Reprodução: O Segunda-feira em Foco traz um cenário parcial de 25/08.
— Imagem/Reprodução: O Segunda-feira em Foco traz um cenário parcial de 25/08.

Adauto Jornalismo Policial*


Em meio a um cenário marcado por tensões sociais, desafios institucionais e dilemas éticos, três episódios recentes revelam diferentes faces de crises que afetam diretamente a vida de milhões de pessoas — no Brasil e nos Estados Unidos.


Na Zona Sul de São Paulo, a negligência estrutural em uma escola pública culminou em um acidente grave com uma aluna de 12 anos, reacendendo o debate sobre a precarização da educação e a ausência de protocolos de segurança.


Nos Estados Unidos, o avanço do fentanil como droga de uso indevido tem provocado uma epidemia silenciosa, com milhares de mortes anuais e impactos devastadores sobre jovens e famílias, exigindo respostas urgentes das autoridades de saúde.


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Já no campo político-econômico brasileiro, a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda — uma promessa de campanha do presidente Lula — enfrenta resistência da oposição, que ameaça barrar as medidas compensatórias voltadas à taxação dos super-ricos.


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O impasse pode comprometer o equilíbrio fiscal e abrir novas frentes de desgaste entre Executivo e Legislativo.


Essas matérias revelam como decisões políticas, omissões institucionais e disputas ideológicas têm consequências concretas — seja na sala de aula, nas ruas ou nas contas públicas.



Estudante de 12 anos tem dedo decepado em sala de aula durante "brincadeira" entre colegas


Uma aluna de 12 anos da Escola Estadual Professor Flavio La Selva, localizada na Vila Santa Lúcia, região do Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, sofreu um grave acidente na última quinta-feira (21), quando teve o dedo médio decepado durante uma suposta brincadeira entre colegas de turma.


   — Imagem/Reprodução: Brincadeiras entre adolescentes, muitas vezes, fatal.
  — Imagem/Reprodução: Brincadeiras entre adolescentes, muitas vezes, fatal.

O incidente ocorreu dentro da sala de aula, em um momento em que não havia nenhum professor ou funcionário supervisionando os alunos. Segundo relatos de funcionários da escola, a estudante do 7º ano teve o dedo preso na porta, que foi violentamente fechada por outras alunas.


A ponta do dedo se desprendeu imediatamente, provocando pânico entre os colegas que testemunharam a cena.


A menina foi socorrida por uma professora que estava deixando a escola naquele momento. “Os próprios alunos ajudaram a limpar o sangue. Isso é inadmissível”, afirmou uma funcionária, sob condição de anonimato, à TV Globo.


A família da estudante foi informada por uma coordenadora que não estava presente no momento do acidente. O pai da aluna registrou boletim de ocorrência, e a jovem precisou passar por cirurgia. A reportagem ainda tenta contato com os familiares.


O clima na escola é de consternação. Até o momento, a única medida adotada pela direção foi uma conversa com os alunos sobre a gravidade do ocorrido. Funcionários relatam que a prática de deixar professores responsáveis por múltiplas turmas simultaneamente é comum, devido à escassez de profissionais na unidade.


“Não é a primeira vez que ocorrem episódios de violência ou acidentes aqui. A direção nunca se responsabiliza. Agora, infelizmente, aconteceu uma tragédia”, lamentou uma funcionária.


O corpo docente cobra providências mais rigorosas, incluindo punição aos envolvidos e uma investigação aprofundada por parte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), sob gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Funcionários também pedem que as imagens das câmeras da sala de aula sejam disponibilizadas à família da aluna, para esclarecer os fatos.


A Secretaria da Educação foi procurada pelo g1, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.


Vale lembrar que, em 2013, a mesma escola já havia sido destaque em uma reportagem do SPTV, da TV Globo, que denunciava a falta de professores na unidade.


Fentanil: o opioide que está dizimando vidas nos Estados Unidos


A epidemia de opiáceos nos Estados Unidos continua a fazer vítimas em escala alarmante. Mais de 50 mil mortes por ano estão sendo atribuídas ao uso indevido dessas substâncias, e o fentanil desponta como um dos principais responsáveis pela tragédia.


Fentanil a droga mortal que assusta o governo americano
  — Imagem/Reprodução: Fentanil a droga mortal que assusta o governo americano

Aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), o fentanil é um analgésico potente, utilizado legalmente em ambientes hospitalares sob supervisão médica.


No entanto, fora desse contexto, seu poder destrutivo é devastador: cerca de 150 pessoas morrem todos os dias nos EUA por causa do consumo não supervisionado da droga — muitas delas adolescentes.


Extremamente mais forte que a heroína, o fentanil é barato, fácil de misturar com outras substâncias e altamente viciante. Seu uso tem se espalhado rapidamente, agravando uma crise de saúde pública que desafia autoridades, profissionais da saúde e famílias em todo o país.


Diante desse cenário, cresce a urgência por medidas eficazes: campanhas de conscientização, ampliação do acesso a tratamentos de dependência química e ações rigorosas contra o tráfico ilegal da substância.


A pergunta que permanece é: o que mais pode ser feito para conter o avanço dessa droga que está matando a América?


Influenciador Felca sofre ameaças após denunciar exploração infantil; suspeito é preso em Pernambuco


A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (25), em Olinda (PE), Cayo Lucas, acusado de ameaçar o youtuber e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. A prisão foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em caráter de urgência, após o influenciador solicitar a quebra de sigilo de um e-mail que o ameaçava.


  — Imagem/Reprodução: Felca diz sofrer ameaças após denunciar exploração sexual.
— Imagem/Reprodução: Felca diz sofrer ameaças após denunciar exploração sexual.

Segundo as investigações, o suspeito estaria envolvido na comercialização de imagens de vítimas de crimes virtuais, o que teria motivado as ameaças contra Felca.


O youtuber afirma ter recebido mensagens com ameaças de morte e falsas acusações de pedofilia, após publicar um vídeo sobre a “adultização” de crianças nas redes sociais. Durante a prisão, Cayo Lucas estava com outro homem, que também será apresentado à polícia por suspeita de envolvimento em crimes digitais.


No momento da abordagem, o computador de Cayo estava aberto na plataforma de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, o que, segundo os investigadores, agrava a situação e será analisado pericialmente.


Ameaças explícitas


Os e-mails enviados ao influenciador no dia 16 de agosto faziam referência direta ao vídeo em que Felca denunciou o influenciador Hytalo Santos por exploração de menores. As mensagens continham frases como “prepara pra morrer” e “você vai pagar com a sua vida”, configurando risco real à integridade do youtuber.


A Justiça determinou que o Google Brasil fornecesse, em até 24 horas, os dados de identificação do autor das ameaças, incluindo IPs e informações cadastrais.


Medidas de segurança


Após os ataques, Felca passou a circular com carro blindado e seguranças em São Paulo. Em entrevista ao podcast PodDelas, ele revelou que vem recebendo diversas ameaças desde que começou a denunciar práticas abusivas nas redes sociais, incluindo o envolvimento de influenciadores com apostas esportivas.


Seu vídeo mais recente, “Adultização”, levou cerca de um ano para ser produzido e contou com a colaboração de uma psicóloga especializada em infância. Nele, Felca expõe como o algoritmo das redes sociais pode favorecer conteúdos que exploram a imagem de crianças, atraindo públicos indevidos e incentivando pais a monetizar a exposição dos filhos.

“O que estamos fazendo é uma gota no oceano. Mas sem essa gota, o oceano seria menor”, afirmou o youtuber, emocionado.


Debate reacendido


A repercussão do vídeo reacendeu o debate sobre os limites da exposição infantil na internet. Especialistas alertam para o risco de “sharenting” — prática em que pais compartilham excessivamente imagens dos filhos nas redes — e reforçam que a imagem da criança pertence a ela, não aos responsáveis.


“Ao postar fotos e vídeos de crianças, mesmo em perfis privados, os pais podem estar entregando esse conteúdo a predadores sexuais”, alertou uma juíza especializada em crimes digitais.


Quem é Felca


Natural de Londrina (PR), Felca mora atualmente em São Paulo e possui mais de 5,2 milhões de inscritos no YouTube e 13,7 milhões de seguidores no Instagram. Ficou conhecido por seus vídeos de humor e reacts, e recentemente ganhou destaque ao se posicionar contra influenciadores que promovem apostas online.


Em setembro de 2023, Felca viralizou ao conquistar 1 milhão de seguidores no TikTok em apenas quatro dias, após comentar sobre as lives no estilo NPC.




Reforma do IR avança, mas oposição ameaça medidas compensatórias e eleva risco fiscal


  — Imagem/Reprodução: Congresso Nacional, Brasília.
— Imagem/Reprodução: Congresso Nacional, Brasília.

O projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes com rendimentos mensais de até R$ 5 mil — e reduz parcialmente a alíquota para quem recebe até R$ 7,3 mil — avança com forte apoio político na Câmara dos Deputados. A proposta, que integra as promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ser aprovada com relativa facilidade. No entanto, a oposição articula para barrar os mecanismos de compensação fiscal, o que pode gerar um impacto negativo de até R$ 100 bilhões nas contas públicas até 2028.


Risco de desequilíbrio fiscal


A ampliação da isenção beneficiaria diretamente cerca de 10 milhões de brasileiros, enquanto outros 16 milhões teriam redução parcial na carga tributária. Sem contrapartidas de arrecadação, a renúncia fiscal comprometeria o espaço orçamentário para programas sociais e investimentos públicos, pressionando o arcabouço fiscal e dificultando o cumprimento das metas estabelecidas pelo Ministério da Fazenda.

Medidas compensatórias sob ataque


Entre os instrumentos de compensação que enfrentam resistência estão:

  • Tributação progressiva de grandes fortunas, com alíquota de até 10% para rendimentos anuais superiores a R$ 1,2 milhão

  • Imposto de Renda sobre lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais

  • Tributação de 10% sobre dividendos remetidos ao exterior

Essas medidas visam ampliar a base arrecadatória e promover maior equidade tributária, mas enfrentam forte oposição de parlamentares ligados ao Centrão. O relator do projeto, Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, sinalizou que não há constrangimento em rejeitar aumentos de impostos, mesmo que direcionados às faixas de renda mais elevadas.


Pressão política e instabilidade institucional


A narrativa de “justiça tributária” defendida pelo governo tem gerado desgaste entre parlamentares, especialmente após episódios como a derrubada do decreto que elevava o IOF — posteriormente revertido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, em articulação entre os Três Poderes.


O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu às críticas de que o Legislativo estaria protegendo os mais ricos, afirmando que o país precisa de “diálogo e sabedoria” para enfrentar os desafios fiscais, sem fomentar polarizações sociais.


Reconfiguração da base aliada e risco político


Além do impasse tributário, o cenário político se complica com a possível saída de União Brasil e PP da base governista. Os partidos, que atualmente controlam quatro ministérios, articulam a formação de uma federação independente, liderada por Antonio Rueda e Ciro Nogueira, com apoio de setores contrários à aliança com o PT.


Repercussão internacional e cálculo eleitoral


O governo monitora a repercussão externa das medidas econômicas. A recente decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de impor novas tarifas comerciais trouxe um alívio momentâneo à imagem de Lula no exterior. No entanto, sem avanços concretos nas negociações internas, o risco de novas crises legislativas permanece elevado — com potenciais reflexos sobre a confiança dos investidores e a estabilidade macroeconômica.


* Com suporte de IA Copilot fornecido pelo Microsoft


 

REFERÊNCIAS:

                 



 
 
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